Publicidade
Olimpíada

Paralimpíada ou Paraolimpíada? Entenda origem do termo

Brasil mudou nomenclatura em 2011 após determinação de comissão que organiza evento; abertura da competição será nesta quarta-feira (28)

Imagem da noticia Paralimpíada ou Paraolimpíada? Entenda origem do termo
Parte da equipe brasileira que irá competir na Paralímpiada | Reprodução/Comitê Paralímpico Brasileiro
Publicidade

Nesta quarta-feira (28) acontece a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos ou dos Jogos Paraolímpicos, em Paris? Quem respondeu a primeira opção, acertou. O termo "paralimpíada" teve sua origem na combinação das palavras "paraplégico" e "Olimpíada", em inglês, de acordo com o Comitê Paralímpico Internacional (CPI).

+ Google lança doodle sobre os Jogos Paralímpicos de Paris 2024

No entanto, até 2011 no Brasil, era adotado o termo paraolímpico. A mudança aconteceu após determinação do CPI, que solicitou que todos os países seguissem a palavra inglesa "paralympic". No caso brasileiro, suprimindo a vogal.

De acordo com a Agência Senado, apesar da adoção pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a nova grafia não segue as regras linguísticas do português e ainda não faz parte do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp).

Menos de uma década após a mudança, na edição dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, o Brasil fez a melhor campanha da história da competição, com 72 medalhas: 22 de ouro, 20 de prata e 30 de bronze.

Como começaram os Jogos Paralímpicos?

Tudo começou em 29 de julho de 1948, no dia da Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Verão de Londres, quando o médico inglês Ludwig Guttmann, que mantinha um centro de atendimento a pacientes com lesões na coluna vertebral, organizou a primeira competição para atletas em cadeira de rodas: 16 militares feridos, homens e mulheres, participaram da prova de arco e flecha dos Jogos de Stoke Mandeville — uma referência ao hospital onde eles eram atendidos.

Ludwig Guttmann, fundador das Paralimpíadas | Reprodução/Youtube/Paralympic Games
Ludwig Guttmann, fundador das Paralimpíadas | Reprodução/Youtube/Paralympic Games

Cerca de 12 anos (e 3 olimpíadas) depois, pela primeira vez em Roma, na Itália, em 1960, ocorrem os primeiros Jogos Paralímpicos de Verão, com 400 atletas de 23 países.

Primeira edição dos Jogos Paralímpicos de Verão, em Roma | Reprodução/Youtube/Paralympic Games
Primeira edição dos Jogos Paralímpicos de Verão, em Roma | Reprodução/Youtube/Paralympic Games

Em 1976 ocorre a primeira edição dos Jogos Paralímpicos de Inverno na Suécia e, desde então, a competição passa a ocorrer a cada quatro anos, como também acontece com os Jogos Olímpicos de Verão.

No entanto, apenas em 1988, após um acordo entre o Comitê Olímpico Internacional (COI) e CPI, os Jogos Olímpicos de Verão de Seul, na Coreia do Sul, passaram a ocorrer nas mesmas cidades e locais das Olimpíadas, como também os Jogos de Inverno, em 1992, na França.

Jogos paralímpicos e olímpicos juntos?

Algumas entidades brasileiras, como Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência de São Paulo, defendem a organização dos Jogos Olimpícos e Paralímpicos simultaneamente.

“Seria um ganho para os dois lados: um ganho para a inclusão das pessoas com deficiência, para tirar do papel o que já existe de legislação internacional, e para as pessoas sem deficiência traria uma humanização muito maior, algo mais abrangente, mostrando que somos todos seres humanos, não há ser humano A e ser humano B”, disse o ex-presidente da entidade, Flávio Scavasin, à Agência Brasil.

Equipe paralímpica brasileira | Reprodução/Instagram/Comitê Paralímpico Brasileiro
Equipe paralímpica brasileira | Reprodução/Instagram/Comitê Paralímpico Brasileiro

No entanto, por ora, o CPI não pretende unificar os dois Jogos. Craig Spence, disse à EBC, que não descarta a possibilidade de realizar os dois jogos simultaneamente, mas que isso só irá acontecer quando a organização do evento considerar que a mudança não irá impedir o crescimento que os Jogos Paralímpicos vêm tendo ao longo dos anos.

André Brasil, medalhista paralímpico da natação, ressalta que seria muito difícil realizar os dois eventos de forma simultânea, sobretudo em razão da estrutura necessária para realizar adaptações para os atletas.

“Talvez as pessoas devam tirar um pouco essa conotação e preconceito de que a Paralimpíada vem depois e por isso seria de segundo plano. Eu penso diferente, não é uma coisa de segundo plano. São jogos que acontecem de quatro em quatro anos com tanta importância quanto a Olimpíada”, disse à Agência Brasil

Publicidade
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade