Zelensky demite chefe do Departamento de Proteção após descobrir plano de assassinato
Serhiy Rud estava no cargo desde 2019; seguranças envolvidos no plano foram presos por suspeita de traição
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, demitiu o chefe do Departamento de Proteção do Estado, Serhiy Rud, responsável pela sua segurança pessoal. A decisão foi tomada na quinta-feira (9), após o líder descobrir que dois integrantes da entidade estavam envolvidos em um plano de assassinato contra ele, em colaboração com agentes russos.
Serhiy Rud ocupa o posto de major-general. Ele estava no comando do Departamento de Proteção do Estado desde outubro de 2019, ano em que Zelensky foi eleito. Em relação aos coronéis, ambos foram presos por suspeita de traição, podendo pegar prisão perpétua.
O plano de assassinato foi descoberto pelo Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU). Segundo a entidade, os membros do Departamento de Proteção estavam vazando informações confidenciais de Zelensky a agentes russos, que estavam procurando, entre os guarda-costas, alguém para sequestrar e matar o presidente ucraniano.
Além de Zelensky, o serviço de segurança informou que os agentes também planejavam a morte de outras autoridades de alto escalão. Entre os nomes estavam o chefe do Serviço de Segurança, Vasyl Maliuk, e o chefe da Diretoria Principal de Inteligência, Kyrylo Budanov – que seria executado antes da Páscoa Ortodoxa, comemorada no último dia 5.
“O plano era o seguinte: primeiro, o agente recrutado deveria observar o movimento de uma pessoa sob guarda e passar informações ao inimigo. Conforme as coordenadas da casa onde o oficial deveria estar, estava planejado lançar um ataque com mísseis. Em seguida, eles iriam atacar as pessoas que permaneciam no local com um drone. Depois disso, os russos planejavam lançar outro míssil no local”, detalhou o SBU.
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Esta não é a primeira vez que a inteligência ucraniana diz desmantelar um plano russo para assassinar Zelensky. Em meados de abril, um homem, identificado como Pawel K, foi detido na Polônia por suspeita de colaborar com agentes russos. Ele foi acusado com base no artigo 130 do Código Penal polonês, relacionado ao crime de espionagem.