Zelensky apresenta novo plano de paz aos EUA para tentar encerrar guerra na Ucrânia
Proposta revisada tem cerca de 20 pontos e inclui segurança, reconstrução e discussão sobre territórios disputados

SBT Brasil
A Ucrânia apresentou aos Estados Unidos uma nova versão do plano de paz elaborado para tentar encerrar o conflito com a Rússia, que já dura quase três anos. O documento revisado foi descrito pelo presidente Volodymyr Zelensky como mais alinhado aos interesses ucranianos, após críticas de que uma proposta anterior favoreceria Moscou.
Segundo o governo ucraniano, o texto atualizado — construído ao longo de semanas em diálogo com aliados europeus — reúne cerca de 20 pontos, abordando temas como segurança, reconstrução do país e situação dos territórios sob disputa militar. Zelensky afirmou que a versão anterior do documento foi descartada após gerar resistência por ser considerada "branda demais" com a Rússia.
Enquanto a diplomacia tenta avançar, o conflito segue intenso. O Ministério da Defesa da Rússia informou que mantém ofensivas em várias regiões da Ucrânia, incluindo Kharkiv, Donetsk e Zaporizhzhia.
Segundo a Força Aérea, a Rússia lançou 119 drones contra a Ucrânia na noite de segunda-feira (8). Os ataques à infraestrutura levaram o governo ucraniano a anunciar cortes de energia e ajustes no transporte público.
Do lado ucraniano, o comando militar afirma que evitou dezenas de ataques e que atingiu, com drones, uma refinaria russa na região de Saratov. Este foi o primeiro ataque da Ucrânia contra infraestrutura russa relacionada à produção de petróleo no Mar Cáspio.
Além da intensificação do conflito, Volodymyr Zelensky encara uma crise política interna. O presidente pediu a demissão dos ministros da Justiça e da Energia após denúncias de corrupção no setor energético.
Com pressão dos Estados Unidos para a realização de novas eleições presidenciais, Zelensky afirmou que um cessar-fogo seria necessário para que o pleito pudesse ocorrer. Apesar da entrega da nova proposta de paz, a Casa Branca disse que o presidente Donald Trump está "extremamente frustrado" com a falta de avanços nas negociações entre Ucrânia e Rússia.









