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Trump proíbe mulheres trans em competições femininas

Instituições que não seguirem determinação serão investigadas e poderão perder o financiamento federal

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Decreto foi assinado em evento na quarta-feira (5) | Reprodução/Casa Branca
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou, na noite de quarta-feira (5), uma ordem executiva que proíbe meninas e mulheres transgênero de participar de competições esportivas femininas. O decreto, que entrou em vigor imediatamente, cumpre uma questão política central da campanha presidencial do republicano de 2024.

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“Minha administração não vai ficar parada vendo homens espancando atletas femininas. De agora em diante, os esportes femininos serão apenas para mulheres”, disse Trump.

Segundo a ordem executiva, a proibição abrange, em grande parte, competições realizadas no ensino médio, em universidades e esportes de base. As instituições deverão reinterpretar o chamado “Título IX”, uma lei promulgada na gestão Biden que proíbe a discriminação de gênero em programas educacionais financiados pelo governo.

Ao assinar o decreto, Trump alertou que as instituições que não cumprirem a nova ordem serão investigadas e poderão perder o financiamento federal. "Se você permitir que os homens assumam as equipes esportivas femininas ou invadam seus vestiários, você será investigado por violações do Título IX e arriscará seu financiamento federal”, disse.

O presidente acrescentou ainda que a ideia é que a regra se amplie para competições de grande porte. Ele citou os Jogos Olímpicos de 2028, que ocorrerão em Los Angeles, dizendo que sua equipe “fará todo o possível” para impedir que atletas transgêneros compitam contra mulheres em disputadas que acontecem em solo americano.

Comunidade LGBTQIA+ critica medida

Organizações de direitos humanos LGBTQIA+ criticaram a proibição, descrevendo-a como discriminatória. A presidente da Human Rights Campaign, Kelley Robinson, por exemplo, disse que a ordem "expõe os jovens ao assédio e à discriminação, encorajando as pessoas a questionar o gênero das crianças que não se encaixam em uma visão estreita de como devem se vestir ou parecer".

O mesmo foi dito pela organização GLAAD, que acrescentou: "O último pedaço de papel impreciso e incoerente deste governo mancha um grupo inteiro de americanos, mas não muda a lei ou os fatos. Todas as mulheres e meninas, incluindo mulheres e meninas transgênero, devem ser bem-vindas para praticar esportes, se quiserem, tomar decisões sobre seus próprios corpos, ser contratadas para empregos para os quais estão qualificadas e estar livres de ataques ilegais de autoridades eleitas”.

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