Trump fala em "última votação" e democratas criticam
Afirmações do candidato repercutiram nas redes sociais e entre políticos
O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, disse em comício que, se votarem nele nessas eleições, "em quatro anos, não terão que votar novamente".
Os comentários, destinados ao público cristão durante agenda de campanha na Flórida, nesta sexta-feira (26), foram suficientes para Trump receber inúmeras críticas, afirmando que o ex-presidente havia insinuado que encerraria as eleições nos Estados Unidos se ganhasse essa disputa.
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No seu discurso no Believers Summit, em West Palm Beach, Trump disse: "Cristãos, saiam e votem, só dessa vez. Vocês têm que sair e votar. Em quatro anos, vocês não terão que votar novamente. Nós consertaremos isso tão bem que vocês não terão que votar."
O governador de New Hampshire, o republicano Chris Sununu, disse neste domingo (28) em uma entrevista que a declaração do candidato "foi um trumpismo clássico". A resposta de Sununu aos comentários foi um forte contraste com a forma como muitos democratas a ouviram – como uma ameaça genuína às instituições americanas.
O deputado democrata Adam Schiff, que está concorrendo ao Senado, compartilhou um vídeo do discurso de Trump no X (antigo Twitter) e escreveu na publicação: "Este ano, a democracia está na cédula e, se quisermos salvá-la, precisamos votar contra o autoritarismo. Aqui, Trump nos lembra utilmente que a alternativa é nunca mais ter a chance de votar."
Já o deputado democrata Dan Goldman disse: "A única maneira de 'você não ter que votar mais' é se Donald Trump se tornar um ditador", enquanto a deputada democrata Pramila Jayapal disse que os comentários são "aterrorizantes".
A campanha de Trump esclareceu que os comentários, feitos em evento do grupo conservador Turning Point Action, eram sobre como Trump uniria o país depois de tanta divisão política, que chegou a uma tentativa de assassinato contra ele, na Pensilvânia.