Tribunal julga nesta segunda (20) ação decisiva contra Assange
Corte britânica analisa garantias dos EUA para extradição. Lula defende ativista nas redes sociais
SBTNews
Dois juízes da Corte britânica analisam nesta segunda-feira (20) se são válidas as garantias oferecidas pelos Estados Unidos para a extradição do ativista Julian Assange, fundador do WikiLeaks. O processo é visto como decisivo para o fim da batalha nos tribunais ao longo de 13 anos.
Na manha deste domingo (19), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva postou nas redes sociais uma defesa da liberdade de Assange:
"O jornalista que deveria ter ganhado o Prêmio Pulitzer ao revelar segredos dos poderosos, ao invés disso está preso há 5 anos na Inglaterra, condenado ao silêncio de toda a imprensa, que deveria estar defendendo a sua liberdade como parte da luta pela liberdade de expressão. Espero que a perseguição contra Assange termine e ele volte a ter a liberdade que merece o mais rápido possível."
A ação de Lula em favor de Assange, mesmo circunstancial diante da pressão dos Estados Unidos, foi celebrada pela mulher de Assange, Stella Assange: “Lula tem sido extremamente forte na defesa de Julian, às vezes chamando a imprensa por ser muito silenciosa sobre esse caso. Ele entende as implicações. Sabe que foi preso em um processo político, então, o apoio dele tem sido incrível”, disse ela em entrevista à TV Cultura.
Assange é suspeito de espionagem e divulgação de documentos sigilosos do governo dos EUA. O ativista investigou as ações da inteligência norte-americana no Iraque e no Afeganistão, além de países como o Brasil. A acusação de espionagem é da gestão de Donald Trump, mas o atual governo do presidente Joe Biden também mostra que não deve abrir mão da extradição e condenação, que pode ultrapassar 100 anos de prisão.
Ele está preso na penitenciária de segurança máxima de Belmarsh, em Londres, desde 2019, onde aguarda o julgamento. Antes disso, esteve por sete anos asilado na embaixada do Equador na capital inglesa.