Três dos cinco tripulantes de submersível com 6,5 toneladas de cocaína são brasileiros
Todos foram presos e devem prestar depoimento nesta quinta-feira; droga seria distribuída na Europa a partir do porto de Sines, em Portugal

Kátia Silva
Dos cinco tripulantes da embarcação apreendida ao tentar levar 6,5 toneladas de cocaína para a Europa, nesta semana, três eram brasileiros. O submersível teria saído de Macapá, no estado do Amapá, e foi interceptado por autoridades em alto-mar, no oceano Atlântico, a cerca de 920 quilômetros do arquipélago dos Açores, território português.
Os suspeitos detidos com a carga são um colombiano, um espanhol e três brasileiros, oriundos do estado do Pará. Maikon Reis da Silva, de 38 anos, e Nelson da Páscoa Corrêa Costa, de 61 anos, são do município de Abaetetuba, na região nordeste paraense. José Mauro Gonçalves, de 52 anos, é natural de Igarapé-Miri, cidade que também fica no nordeste do estado.
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Segundo as investigações, eles levariam o entorpecente para o porto de Sines, ao sul de Lisboa. Depois, a carga seria distribuída para diversos países do continente europeu. A embarcação, também chamada de narcossubmarino, teria sido construída por um cartel sul-americano com atuação em diferentes países.
Após o flagrante, a marinha portuguesa rebocou o submersível até a costa e os cinco tripulantes foram autuados por tráfico internacional de drogas. Eles devem prestar depoimento à polícia judiciária nesta quinta-feira (27).
A operação 'Nautilis' foi comandada pelo Centro de Análise e Operações Marítimas, entidade que reúne oito países da União Europeia e o Reino Unido com o objetivo de combater o tráfico de drogas nos mares. Agentes da Marinha, da Força Aérea e da Polícia Judiciária de Portugal participaram da ação.
De acordo com o jornal português "Diário de Notícias", a investigação teve origem "em informação partilhada pela Guarda Civil no Maritime Analysis and Operations Centre – Narcotics (MAOC-N), com sede em Lisboa".