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Saiba por que o Brasil é sempre o primeiro país a falar na Assembleia Geral da ONU

Lula abre a Assembleia Geral nesta terça (23), seguido pelo presidente dos EUA, Donald Trump

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Presidente Lula na Assembleia Geral da ONU em 2024 | Reprodução
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai discursar na abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, a partir das 10h desta terça-feira (23). Tradicionalmente, o Brasil será o primeiro país a falar, seguido pelo presidente norte-americano, Donald Trump, representante do país-sede da organização.

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Em 1947, na primeira Assembleia Geral da ONU, o diplomata brasileiro Oswaldo Aranha presidia a sessão e abriu os trabalhos, inaugurando o hábito de o país falar antes dos demais. Mas foi a partir de 1955 que essa prática se tornou tradição, repetida anualmente desde então.

Segundo o chefe de protocolo da ONU à época, Desmond Parker, em entrevista concedida em 2010 à rádio pública americana NPR, o Brasil conquistou esse espaço justamente por se oferecer quando outros países evitavam abrir o debate.

“A abertura, como tivemos esta manhã, geralmente tem o Brasil falando primeiro ou tem o presidente da Assembleia Geral falando primeiro e depois o secretário-geral, seguido pelo Brasil. O Brasil, tradicionalmente, ocupa o primeiro lugar porque, em tempos muito antigos, quando ninguém queria falar primeiro, o Brasil sempre se ofereceu, sim, sempre se ofereceu para falar primeiro. E assim conquistaram o direito de falar primeiro na Assembleia Geral”, explicou Parker.

Ele detalhou ainda como funciona a ordem dos demais discursos:

“Todos os outros seguem a ordem da data em que o pedido foi feito. Então, ou seja, se abrimos a lista de oradores a partir do dia 10 de maio, todos que se candidataram para falar no dia 11 de maio ganharão uma vaga antecipada, por assim dizer. E é assim que funciona. A ordem real é determinada por precedência, o que significa que os chefes de Estado falam primeiro, seguidos pelos chefes de governo, depois pelos vice-presidentes, príncipes herdeiros, ministros das Relações Exteriores e, por fim, outros vice-ministros”, completou.

A partir daí, a lista de oradores é organizada de acordo com a hierarquia dos representantes e a ordem de inscrição. Os chefes de Estado falam primeiro, seguidos pelos vice-chefes de Estado e príncipes herdeiros, depois chefes de governo, ministros das Relações Exteriores e, por fim, outros representantes de nível mais baixo de uma delegação.

Atualmente, a ONU conta com 193 Estados-membros. Além deles, dois Estados observadores, Santa Sé e o Estado da Palestina, também têm direito à palavra, assim como a União Europeia, que possui status especial de observador.

Embora os líderes sejam convidados a respeitar um tempo voluntário de 15 minutos em seus discursos, é comum que esse limite seja ultrapassado.

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