Rússia intensifica ataques no leste da Ucrânia em meio à maior invasão estrangeira desde a Segunda Guerra

A Rússia intensificou os ataques contra o leste da Ucrânia enquanto tenta recuperar parte do próprio território tomado pelos ucranianos.

O maior ataque estrangeiro a territórios soberanos russos desde a Segunda Guerra Mundial ocorreu em 6 de agosto, quando milhares de tropas ucranianas atravessaram a fronteira ocidental da Rússia, criando dificuldades para as altas patentes russas.

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A ação pode ajudar a Ucrânia interna e externamente, como foi discutido no programa Mapa-Mundi, do "SBT News", nesta sexta-feira (16). "É uma maneira de continuar incentivando os países ocidentais que continuem a contribuir. A Ucrânia deixa muito claro a sua capacidade de conseguir elaborar uma operação dessas em segredo porque ninguém esperava”, diz o analista internacional Uriã Fancelli.

"Vamos vencer e libertar nosso território". Ninguém esperava ouvir isso de uma autoridade russa, como o governador da região de Kursk. Poucos esperavam que as cenas tão comuns na Ucrânia fossem cruzar a fronteira e muitos esperavam uma reação.

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Segundo a inteligência do Ministério da Defesa Britânico, "a Rússia está deslocando uma grande quantidade de forças para Kursk, parte provavelmente vinda de outras linhas de combate”. O mesmo relatório afirma que os russos têm perdido, em média, mil homens por dia.

Nesta sexta (16), o governo da Ucrânia admitiu publicamente a estratégia de impor derrotas táticas à Rússia. O objetivo é ganhar força militar e política para forçar o outro lado a sentar à mesa de negociações em condições que a Ucrânia considera mais justas. Mas nem tudo são boas notícias para Kiev. Ao mesmo tempo que toma parte do território inimigo, está a ponto de perder mais uma parte estratégica do próprio território.

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Os russos avançaram em Donetsk e estão a menos de 20 quilômetros da cidade de Propovsk, que serve de ponto de abastecimento para as tropas ucranianas.

Há muitas perguntas sem respostas. Até que ponto ucranianos e russos estão dispostos a agravar esse conflito? A única certeza é o efeito devastador para a população civil, agora, nos dois lados da fronteira.