Tropas ucranianas avançam na Rússia e querem criar 'zona tampão'
Vídeos de soldados ucranianos retirando bandeiras da Rússia em prédios administrativos da cidade de Sudzha foram compartilhados online
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que as forças de seu país estão "estritamente" seguindo a lei humanitária e as convenções internacionais durante a operação militar na região de Kursk, na Rússia. Nesta terça-feira (14), o exército do país avançou ainda mais na área e já controla 70 vilarejos.
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Vídeos compartilhados no Telegram mostram soldados do Batalhão 225 retirando bandeiras de prédios administrativos na cidade de Sudzha, em Kursk.
Segundo Zelensky, representantes de organizações internacionais, como o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e as Nações Unidas, terão acesso às regiões tomadas e um corredor humanitário para a Ucrânia e para a Rússia será aberto para a evacuação de civis.
A Ucrânia relevou ainda que o objetivo da inédita incursão militar que começou na semana passada, no dia 6 de agosto, é criar uma "zona tampão" para proteger comunidades ucranianas de possíveis ataques transfronteiriços russos. De acordo com o ministro do Interior ucraniano, Igor Klymenko, a criação dessa zona irá prevenir bombardeios hostis diários e garantir a segurança dessas áreas próximas da fronteira.
Enquanto isso, Kiev também está fortificando a fronteira com a Rússia, especialmente na região de Sumy, ao longo da qual estão sendo erguidas novas defesas, incluindo a construção de "dentes de dragão" e arame farpado, que impedem a passagem de tanques de guerra. Essas medidas são vistas como parte de uma preparação para um possível contra-ataque massivo e ataques direcionados aos centros de decisão na capital ucraniana.
Em contraste, o Ministério da Defesa russo afirmou que conseguiu repelir os avanços das tropas ucranianas na região de Kursk. Segundo Moscou, as "unidades móveis inimigas" foram impedidas de penetrar mais profundamente no território russo.