Republicanos iniciam processo eleitoral dos Estados Unidos em Iowa
Partido realiza primárias para escolher adversário de Joe Biden pela presidência
Foi dada, oficialmente, a largada para a corrida à Casa Branca deste ano. Nesta segunda-feira (15), filiados do partido Republicano do estado de Iowa reuniram-se para escolher quem vai disputar a presidência contra Joe Biden.
A largada das eleições americanas caiu em um feriado nacional, e em meio a uma tempestade de neve, que pode fazer com que alguns eleitores fiquem em casa.
A nevasca fez Donald Trump cancelar compromissos de campanha. "O frio vai afetar seus apoiadores?", perguntou uma jornalista. "Temos um grande apoio, mas está complicado lá fora", disse Trump referindo-se ao mau tempo.
Diferentemente do Brasil, aonde cada partido define os candidatos a partir de um processo fechado, nos Estados Unidos essa escolha é feita com a ajuda da população que vota. Cada estado tem uma regra.
No caso de Iowa, estado que tem três milhões de habitantes e apenas 1% do eleitorado, essa votação é chamada de "Caucus". São reuniões, que acontecem em vários locais, como igrejas e escolas, onde o nome do candidato é votado. A definição final de quem vai disputar a Casa Branca pelo partido, atualmente da oposição, acontece na convenção do meio do ano.
O ex-presidente Donald Trump concorre pela vaga com outros quatro republicanos: a ex-embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikky Haley, o governador da Flórida, Ron de Santis, o empresário Vivek Ramaswamy e o ex-governador do Arkansas Asa Hutchinson.
Neste ano, apenas os republicanos vão votar para a escolha do candidato do partido no Caucus de Iowa. O partido Democrata decidiu fazer a largada eleitoral das primárias na Carolina do Sul, no começo de fevereiro.
A eleição acontece no dia 5 de novembro. Neste ano, a corrida pela liderança da Casa Branca tem fatos inéditos na história americana. Donald Trump enfrenta quatro processos criminais que podem dificultar a chegada dele ao fim da campanha.
A Suprema Corte, em Washington, ainda vai ter que julgar a apelação da defesa do ex-presidente no caso dos dois estados que proibiram Trump de constar das cédulas eleitorais.
Os judiciários do Maine e do Colorado afirmam que o republicano não pode ser candidato porque conspirou contra o país em 2020 ao questionar o resultado das últimas eleições. A atitude do republicano incentivou apoiadores a invadirem o Capitólio, há três anos.