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Rebeldes armados sírios entram em Aleppo pela primeira vez em 8 anos

Segundo maior cidade da Síria é controlada pelo regime de Bashar al-Assad; ao menos 15 civis morreram nos confrontos

Imagem da noticia Rebeldes armados sírios entram em Aleppo pela primeira vez em 8 anos
Insurgentes sírios entram em Aleppo pela primeira vez desde 2016 | Reprodução
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Três dias após o início de uma ofensiva surpresa, forças da oposição síria entraram em Aleppo, marcando a primeira vez que ocupam a segunda maior cidade da Síria desde que foi recapturada pelas forças do governo em 2016. O avanço foi rápido, com rebeldes tomando várias aldeias a leste da cidade e reacendendo um conflito que estava paralisado há anos.

Nas redes sociais, insurgentes compartilharam imagens em frente à histórica cidadela de Aleppo, um dos maiores palácios medievais do mundo. Vídeos mostram insurgentes conversando com moradores locais, assegurando que não causariam danos.

O exército sírio declarou enfrentar um “ataque de grande escala”, enquanto moradores relataram a retirada das forças do regime de diversos bairros no oeste de Aleppo. Segundo fontes oficiais, esforços estão sendo feitos para reforçar posições ao longo das frentes de batalha.

A ofensiva, iniciada na quarta-feira (27), representa o primeiro grande confronto entre rebeldes e o regime de Bashar al-Assad em anos. A última ofensiva semelhante ocorreu em 2016, quando o governo, com apoio da Rússia e do Irã, expulsou insurgentes dos bairros orientais de Aleppo.

O ataque ocorre após semanas de escalada na violência, incluindo bombardeios governamentais em áreas sob controle da oposição. Esforços diplomáticos da Turquia para conter as agressões falharam, comprometendo um acordo de cessar-fogo de 2019 mediado por Rússia, Turquia e Irã.

Na quinta-feira, ao menos 15 civis, incluindo seis crianças, morreram em bombardeios nas proximidades de Aleppo e Idlib, de acordo com os Capacetes Brancos, grupo de resgate voluntário. A mídia estatal iraniana reportou a morte do general Kioumars Pourhashemi, da Guarda Revolucionária Islâmica.

Em resposta, ataques aéreos governamentais atingiram a cidade de Idlib, controlada por rebeldes e com população de mais de 4 milhões de pessoas. Os Capacetes Brancos informaram que “aviões da aliança russo-síria” atingiram áreas residenciais, um posto de gasolina e uma escola, resultando em pelo menos quatro mortos e seis feridos.

A mídia estatal russa divulgou que a força aérea russa lançou ofensivas contra grupos armados nas províncias de Aleppo e Idlib, matando supostos 200 jihadistas do Hay’at Tahrir al-Sham (HTS). A guerra civil síria, iniciada em 2011, durante a Primavera Árabe, já causou mais de 300 mil mortes e milhões de deslocados, segundo a ONU.

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