Putin ordena expansão do exército em meio a tensões com Otan
Presidente russo publicou decreto para aumentar o número de tropa em 180 mil soldados
Camila Stucaluc
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou que as Forças Armadas aumentem o número de tropas em 180 mil soldados, totalizando 1,5 milhão de militares ativos. O decreto, publicado no site oficial do governo na segunda-feira (16), entrará em vigor em 1º de dezembro, expandindo o número total de militares para 2,4 milhões.
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Esse aumento fará a Rússia ultrapassar os Estados Unidos em termos de soldados ativos. Com isso, o exército russo se tornará o segundo maior do mundo, atrás apenas da China – conforme dados do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS).
A ordem de Putin acontece em meio ao aumento da tensão com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Nas últimas semanas, os integrantes da aliança militar disseram estar avaliando permitir que a Ucrânia utilize mísseis de longo alcance para atacar alvos dentro do território russo. Até o momento, a tática é proibida pelo bloco.
“Adaptamos e ajustamos cada passo ao longo do caminho, e continuaremos [fazendo isso]. Então não descartamos isso neste momento”, disse o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, acrescentando que Washington está comprometido a fornecer ao governo ucraniano que for necessário para derrotar a Rússia na guerra.
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A fala não foi bem recebida pelo Kremlin, que alertou que dará uma “resposta apropriada” caso Kiev receba sinal verde de seus aliados para usar os mísseis de longo alcance contra o território russo. “Vamos reagir de uma forma que não será bonita", alertou o vice-chanceler Serguei Riabkov, o principal negociador nuclear do país.