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Principal central sindical da Argentina convoca greve geral contra Milei

Confederação Geral do Trabalho (CGT) pretende parar no dia 24 de janeiro

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Principal central sindical da Argentina, a Confederação Geral do Trabalho (CGT) convocou nesta quinta-feira (28.dez) uma greve geral no país, marcada para o dia 24 de janeiro. Eles também planejam uma manifestação no Congresso Nacional no mesmo dia. Os atos são em resposta às medidas anunciadas recentemente pelo presidente ultraliberal Javier Milei.

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A CGT prevê ainda reuniões com blocos de deputados e senadores, da oposição e da situação, além de encontros com outros grupos trabalhistas para planejar outras medidas de impacto.

Na quarta-feira (27.dez), Milei enviou ao Congresso um pacote de medidas classificado pelo porta-voz do governo, Manuel Adorni, como “Lei de Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos”. Entre as polêmicas medidas anunciadas, está a declaração de emergência pública nas áreas econômica, energética, sanitária, administrativa e social. No total, mais de 300 leis seriam alteradas.

O plano do governo é concentrar todos os poderes nas mãos do executivo até 31 de dezembro de 2025, mas com a possibilidade de prorrogá-los por mais dois anos, o que na prática significaria mantê-los até o fim do mandato de Milei. E, com isso, esvaziar os poderes do legislativo.

Além disso, o documento prevê a possibilidade de privatização de todas as empresas estatais da Argentina, o fim das eleições primárias, a mudança da composição da Câmara dos Deputados e novos limites a manifestações.

As medidas foram enviadas ao Congresso, que precisa aprovar ou vetar o documento. Milei declarou que, caso o legislativo rejeite o mega decreto, pretende convocar um plebiscito, o que daria à população o poder de decidir sobre ele. Assim que o governo divulgou o conteúdo do plano, milhares de pessoas participaram de um protesto na capital Buenos Aires.

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