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Chanceler da Alemanha perde voto de confiança no Parlamento

Governo de Olaf Scholz perdeu a maioria no parlamento após racha na coalizão governista; medida abre caminho para eleições antecipadas no país

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olaf scholz
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O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, enfrentou nesta segunda-feira (16) um voto de confiança no parlamento, após a demissão do ministro das Finanças gerar uma crise em seu governo de coalizão. Como esperado, ele foi derrotado na votação, abrindo caminho para que o membro mais populoso da União Europeia e maior economia do bloco realize uma eleição antecipada em fevereiro.

A turbulência política foi desencadeada em 6 de novembro, após meses de impasse sobre o orçamento do país e formas de como recuperar a estagnada economia alemã. Com a saída de Christian Lindner, do partido Democratas Livres (FDP), da coalizão governista que incluía os social-democratas (SPD) de Scholz e os Verdes, o chanceler ficou sem maioria no parlamento.

Ao todo, 394 dos 735 dos deputados do Bundestag votaram contra o governo. Outros 116 se abstiveram. Apenas 207 votaram pela manutenção do governo.

Conforme a constituição alemã, o parlamento não pode se dissolver por conta própria. Agora, o presidente Frank-Walter Steinmeier terá 21 dias para decidir pela dissolução do Bundestag. Uma vez dissolvido, as eleições devem ocorrer em até 60 dias.

Como a queda de Scholz era esperada, os partidos já iniciaram as campanhas políticas. Pesquisas indicam o Partido Social-Democrata atrás do bloco de centro-direita liderado por Friedrich Merz. Já o vice-chanceler Robert Habeck, dos Verdes, aparece como possível candidato, mas enfrenta menor apoio. A Alternativa para a Alemanha (AfD), partido de extrema-direita, também participa da corrida com Alice Weidel, embora siga isolada devido à recusa de outros partidos em formar alianças.

A Alemanha não tinha um voto de confiança desde 2005, quando o então chanceler Gerhard Schröder convocou e perdeu um, articulando uma eleição antecipada que foi vencida por uma margem apertada por Angela Merkel.

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