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Paraguai se une a Argentina e reforça fronteira com o Brasil após megaoperação no Rio

Medida inclui aumento do efetivo militar e policial e coordenação com forças brasileiras e argentinas para conter avanço do crime organizado

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Medida eleva o nível de alerta do país e amplia a presença de militares e policiais em regiões estratégicas - Reprodução
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O governo do Paraguai anunciou, nesta quinta-feira (30), o reforço da segurança nacional em toda a fronteira com o Brasil, em resposta à megaoperação policial no Rio de Janeiro, que deixou ao menos 121 mortos.

A medida eleva o nível de alerta do país e amplia a presença de militares e policiais em regiões estratégicas.

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Com a decisão, o Paraguai se junta à Argentina, que também reforçou o patrulhamento na fronteira na quarta-feira (29).

As ações incluem aumento da vigilância nas passagens fronteiriças, coordenação entre as forças de segurança dos três países e operações conjuntas em áreas de risco, como Amambay, Canindeyú e Alto Paraná.

Governo fala em ameaça do crime organizado brasileiro

O presidente Santiago Peña convocou o Conselho Nacional de Defesa (Codena) para discutir estratégias diante do avanço das organizações criminosas brasileiras.

Segundo a agência Reuters, o governo estuda declarar o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) como grupos terroristas, citando a influência dessas facções em território paraguaio e a ameaça à soberania nacional.

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O plano de segurança inclui o reforço da vigilância nos presídios, o aumento de patrulhas nas estradas e a expansão do monitoramento aéreo com uso de drones.

As medidas fazem parte de uma estratégia preventiva para evitar fugas e infiltrações ligadas ao crime organizado.

Operação Contenção

Deflagrada na terça-feira (28), a Operação Contenção mobilizou cerca de 2.500 policiais civis e militares nos complexos da Penha e do Alemão, com o objetivo de desarticular lideranças do Comando Vermelho.

A ação resultou em 113 presos, 10 adolescentes apreendidos e 118 armas recolhidas, incluindo 91 fuzis, além de explosivos, munições e drogas.

A operação enfrentou forte resistência armada. Relatos apontam troca de tiros, barricadas incendiadas em vias expressas e ataques com drones lançados por criminosos para retardar o avanço das equipes. Pelo menos quatro moradores ficaram feridos.

O governador Cláudio Castro (PL) classificou a operação como um “sucesso” e disse que as únicas “vítimas” foram os quatro policiais mortos.

Já o secretário de Segurança Pública, Victor Santos, admitiu que “a alta letalidade era previsível, mas não desejada”.

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