Novas explosões são ouvidas em depósito de combustível na capital do Irã
Ministério da Defesa de Israel diz que mais 10 alvos nucleares em Teerã devem ser destruídos nesta terça-feira (17)

Giovanna Tuneli
Israel lançou um novo ataque contra Teerã, capital do Irã, nesta terça-feira (17). De acordo com o jornal Al Jazeera, o bombardeio atingiu um depósito de combustível iraniano. O conflito entre os países já dura cinco dias, quando o exército israelense realizou um ataque surpresa na última sexta-feira (13).
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O som de explosões foi ouvida e fumaça pode ser vista subindo, segundo relatos iniciais de pessoas que estavam próximas ao local onde ocorreu o novo bombardeio de Israel contra o Irã. Anteriormente, o exército israelense havia solicitado a evacuação de cerca de 330 mil moradores de um bairro no centro de Teerã. Parte da população já deixou a área, mas alguns moradores ainda decidiram ficar.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou que o país está "prestes a destruir" mais 10 alvos nucleares em Teerã, em entrevista ao jornal The Times of Israel. Segundo ele, a força aérea israelense realizará mais ataques "muito significativos" na capital de Irã ainda hoje contra "alvos do regime e da infraestrutura".
"A instalação de enriquecimento de urânio de Fordow, no Irã — construída tão profundamente no subsolo que somente bombas destruidoras de bunkers dos EUA são capazes de danificá-la seriamente — é uma questão que certamente será abordada", revelou Katz.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, alertou Israel contra a expansão do conflito para o resto do território, de acordo com a agência de notícias estatal iraniana ISNA. Em uma ligação telefônica com o Ministério das Relações Exteriores da Polônia, Araghchi também "avaliou" a possibilidade do inimigo ter como alvo instalações petrolíferas, "pedindo vigilância de todas as partes a esse respeito".
Um alto funcionário da segurança iraniana relatou ao Al Jazeera que "o Irã não vai concordar em parar de revidar nessas circunstâncias". Ele ainda disse que o país está pronto para iniciar uma linha de negociação, se suas exigências forem analisadas e consideradas. A autoridade também disse que qualquer potencial intervenção dos Estados Unidos correria o risco de arrastar toda a região para a guerra, segundo o jornal árabe.