Netanyahu promete invadir Rafah "com ou sem" acordo de reféns
Declaração do premiê israelense vai contra apelos de líderes mundiais; cidade é abrigo de 1,5 milhão de pessoas
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou, na terça-feira (30), que irá prosseguir com a ofensiva na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, mesmo que o Hamas concorde em liberar os reféns capturados em 7 de outubro de 2023. O tema está sendo mediado por líderes internacionais, que tentam um novo cessar-fogo.
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"A ideia de que vamos parar a guerra antes de alcançar todos os seus objetivos está fora de questão. Vamos entrar em Rafah e vamos eliminar os batalhões do Hamas lá – com ou sem acordo, para alcançar a vitória total”, disse Netanyahu, em discurso em Jerusalém.
A declaração vai contra os apelos de líderes mundiais, que temem uma “carnificina” em Rafah, já que a cidade é o último abrigo de 1,5 milhão de palestinos. Nesta semana, o presidente dos Estados Unidos e principal aliado de Israel, Joe Biden, voltou a conversar com Netanyahu e reiterou sua “posição clara” contra o plano de invasão em Rafah.
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O premiê israelense, por sua vez, afirma que a ofensiva é essencial para que o Hamas seja destruído por completo” de Gaza, uma vez que a cidade abriga as últimas unidades de combate do grupo extremista. Segundo ele, uma data já foi definida para a invasão terrestre. Enquanto isso, militares continuam lançando ataques aéreos na região.