Netanyahu pede que ministro repense e não renuncie ao gabinete de guerra
Premiê israelense enfatizou que momento "não é de abandonar a campanha, mas de unir forças"
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu, no domingo (9), que o ministro Benny Gantz repense a decisão e não renuncie ao cargo no gabinete de guerra. Em publicação nas redes sociais, o premiê afirmou que o momento não é de abandonar a campanha, mas de unir forças para vencer a guerra contra o Hamas.
“Israel está numa guerra existencial em diversas frentes. Benny, este não é o momento de abandonar a campanha – este é o momento de unir forças. Continuaremos até à vitória e à consecução de todos os objetivos da guerra, principalmente a libertação de todos os nossos reféns e a eliminação do Hamas”, escreveu Netanyahu.
O premiê enfatizou ainda que “sua porta permanece aberta” a qualquer partido político que esteja pronto para auxiliar na guerra e garantir a vitória do país.
A tensão no governo de Netanyahu vem aumentando desde a última semana, quando os ministros da Segurança Nacional, Ben Gvir, e das Finanças, Bezalel Smotrich, ameaçaram renunciar e derrubar a coalizão governamental. A declaração foi dada após os Estados Unidos apresentarem uma proposta de cessar-fogo e reconstrução de Gaza.
“Deixei claro ao primeiro-ministro que não farei parte de um governo que concordará com o esboço proposto e acabará com a guerra sem destruir o Hamas e devolver todos os reféns. Exigimos a continuação dos combates até à destruição do Hamas e ao regresso de todos os reféns e a criação de uma realidade de segurança completamente diferente em Gaza”, disse o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich.
O líder da oposição, Yair Lapid, por sua vez, condenou os comentários dos ministros e se ofereceu para apoiar o premiê na aceitação da proposta. Segundo ele, as ameaças de Smotrich e Ben Gvir negligenciam a segurança nacional, dos reféns e dos moradores. Para eles, haverá uma guerra para sempre. Responsabilidade zero”, disse.
+Forças de Defesa de Israel resgatam quatro reféns do Hamas
Apesar da repercussão, Netanyahu ainda não se pronunciou oficialmente sobre o acordo. Ele apenas reforçou que Israel não acabará com a guerra em Gaza até que o Hamas seja destruído. Em entrevista ao jornal britânico Sunday Times, no entanto, o assessor Ophir Falk disse que a proposta de Biden era um “acordo no qual o governo concorda”.