Netanyahu: “Israel tem o direito inerente de se defender”
Primeiro-ministro de Israel pede que “pessoas decentes” rejeitem acusação de genocídio
SBTNews
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, gravou um vídeo para comentar a decisão da Corte Internacional de Justiça de negar o pedido de um cessar-fogo imediato e determinar que o país contenha as mortes na Faixa de Gaza.
“Como qualquer país, Israel tem o direito inerente de se defender. A tentativa vil de negar a Israel este direito fundamental é uma discriminação flagrante contra o Estado judeu, e foi justamente rejeitada. A acusação de genocídio levantada contra Israel não é apenas falsa, é ultrajante, e as pessoas decentes em todo o mundo deveriam rejeitá-la”.
Apesar de não aceitar um pedido de cessar-fogo, a corte acatou o ação da África do Sul para investigar se os ataques de Israel contra o Hamas na região configuraria um genocídio contra o povo Palestino. Uma decisão sobre a questão, entretanto, pode levar anos.
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“A nossa guerra é contra os terroristas do Hamas, não contra os civis palestinianos. Continuaremos a facilitar a assistência humanitária e a fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para manter os civis fora de perigo, mesmo que o Hamas utilize os civis como escudos humanos. Continuaremos a fazer o que for necessário para defender o nosso país e defender o nosso povo”, se defendeu, Netanyahu.
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Israel declarou guerra contra o Hamas em 7 de outubro de 2023, logo após o grupo ter invadido e matado 1,2 mil pessoas em um festival de música no país. Os combates se concentram na Faixa de Gaza, onde o grupo é dominante, afetando 2,3 milhões de habitantes. Até o momento, 26 mil mortes foram registradas, de acordo com o Ministério da Saúde Palestino, controlado pelo Hamas.
Os militares israelenses afirmam que pelo menos 9 mil dos mortos no conflito são militantes do Hamas.
“Israel continuará a defender-se contra o Hamas, uma organização terrorista genocida. No dia 7 de Outubro, o Hamas perpetrou as atrocidades mais horríveis contra o povo judeu desde o Holocausto e promete repetir estas atrocidades uma e outra vez”, explicou o primeiro-ministro.