Netanyahu rejeita condições do Hamas para acordo e familiares de reféns invadem parlamento
Primeiro-ministro negou retirar tropas israelenses do território palestino; cerca de 130 reféns permanecem sob poder do grupo
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou as condições apresentadas pelo Hamas para libertar os reféns e gerou revolta entre parentes das vítimas. Ao menos 20 pessoas invadiram uma reunião do Comitê de Finanças no Parlamento de Israel, gritando: “Vocês não vão ficar sentados aqui enquanto eles morrem lá!”
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O episódio é só mais um em uma série de situações que vem demonstrando a insatisfação da população com o governo de Netanyahu. No domingo (21), centenas de pessoas se reuniram em frente à base militar de Kirya, em Tel Aviv, para exigir a libertação imediata dos reféns, após Netanyahu divulgar um vídeo informando que não aceitaria o retorno dos reféns em troca de retirar as tropas israelenses da Faixa de Gaza, uma das condições apresentadas pelo grupo.
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"Até agora devolvemos 110 dos sequestrados para casa e estamos empenhados em devolver todos. Este é um dos objetivos da guerra...Mas, para ser claro: rejeito abertamente os termos de rendição dos monstros do Hamas", disse.
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Segundo o premiê, entre as condições impostas pelo Hamas está a retirada das tropas de Gaza, a libertação de sete mil civis palestinos detidos arbitrariamente em prisões israelenses e a libertação de militante do alto escalão do grupo.
Enquanto isso, cerca de 130 reféns continuam sob o poder do Hamas. Ao menos 27 morreram em cativeiro. Do lado palestino, a situação é ainda mais catastrófica após quase quatro meses de bombardeios israelenses diários.
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Segundo o Ministério da Saúde palestino, 25.105 pessoas foram mortas em Gaza desde 7 de outubro, enquanto outras 62.681 ficaram feridas. A guerra deslocou cerca de 85% dos residentes de Gaza, com centenas de milhares alojados em abrigos e campos geridos pela ONU no sul do enclave palestino.