Netanyahu diz que Israel decidirá quais tropas estrangeiras serão aceitas para garantir cessar-fogo em Gaza
Ainda não está claro se Estados árabes e outros Estados estarão prontos para enviar tropas, em parte devido à recusa do Hamas em se desarmar
Reuters
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo (26) que Israel determinaria quais forças estrangeiras serão permitidas como parte de uma força internacional planejada em Gaza para ajudar a garantir um cessar-fogo frágil de acordo com o plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Ainda não está claro se os Estados árabes e outros Estados estarão prontos para enviar tropas, em parte devido à recusa dos militantes palestinos do Hamas em se desarmar, conforme exigido pelo plano, enquanto Israel expressou preocupações sobre a composição da força.
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Embora o governo Trump tenha descartado a possibilidade de enviar soldados norte-americanos para a Faixa de Gaza, ele tem conversado com a Indonésia, os Emirados Árabes Unidos, o Egito, o Catar, a Turquia e o Azerbaijão para contribuir com a força multinacional.
"Estamos no controle de nossa segurança e também deixamos claro, em relação às forças internacionais, que Israel determinará quais forças são inaceitáveis para nós, e é assim que operamos e continuaremos a operar", disse Netanyahu.
"É claro que isso também é aceitável para os Estados Unidos, conforme expressaram seus representantes mais graduados nos últimos dias", disse ele em uma sessão de seu gabinete.
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Israel, que sitiou Gaza por dois anos para apoiar sua guerra aérea e terrestre no enclave contra o Hamas após o ataque transfronteiriço do grupo militante palestino em 7 de outubro de 2023, continua a controlar todo o acesso ao território.
Na semana passada, Netanyahu deu a entender que se oporia a qualquer papel das forças de segurança turcas em Gaza. As relações turco-israelenses, antes calorosas, azedaram drasticamente durante a guerra de Gaza, com o presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, criticando a devastadora campanha aérea e terrestre de Israel no pequeno enclave palestino.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em uma visita a Israel com o objetivo de reforçar a trégua, disse na sexta-feira que a força internacional terá que ser composta por "países com os quais Israel se sinta confortável". Ele não fez comentários sobre o envolvimento da Turquia.
Rubio acrescentou que a futura governança de Gaza ainda precisa ser elaborada entre Israel e as nações parceiras, mas não pode incluir o Hamas.
(Reportagem de Steven Scheer)







