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Netanyahu anuncia expansão de assentamentos na Cisjordânia

Primeiro-ministro disse que “não haverá Estado palestino” e retomou projeto E1, criticado por países ocidentais e ativistas

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, assinou nesta quinta-feira (11) um acordo para avançar com o plano de expansão de assentamentos na Cisjordânia, em uma área reivindicada pelos palestinos para a criação de um Estado.

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Durante visita ao assentamento de Maale Adumim, ele declarou: “Não haverá um Estado palestino. Este lugar é nosso”.

O projeto E1, que prevê milhares de novas moradias e pode dividir a Cisjordânia de Jerusalém Oriental, recebeu no mês passado aprovação final de uma comissão do Ministério da Defesa.

A iniciativa estava congelada desde 2012 e agora prevê investimentos de quase US$ 1 bilhão em obras de infraestrutura e rodovias.

A decisão, tomada dois dias após Israel tentar matar líderes do Hamas no Catar, pode ampliar o isolamento do país diante de aliados ocidentais, alguns dos quais já sinalizaram apoio ao reconhecimento de um Estado palestino na ONU ainda este mês.

Países e organizações de direitos humanos afirmam que a medida ameaça inviabilizar um futuro acordo de paz.

Netanyahu esteve acompanhado de ministros nacionalistas, como o titular das Finanças, Bezalel Smotrich, que já havia afirmado que a ideia de um Estado palestino “saiu da mesa, não com slogans, mas com ações”.

Além da expansão, Netanyahu também endureceu o discurso contra o Catar, acusando o país de abrigar líderes do Hamas.

“Ou os expulsam ou os levam à justiça. Porque, se não o fizerem, nós o faremos”, afirmou, comparando o ataque de 7 de outubro ao “11 de setembro” de Israel.

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