Nasa lança hoje satélite para avaliar saúde da Terra
Missão trará detalhes sobre oceanos, ar e terra; lançamento será feito na Flórida
A agência espacial dos Estados Unidos (Nasa) lança, nesta terça-feira (6), o satélite Pace, que será responsável por avaliar a saúde do planeta Terra. O satélite estará a bordo do foguete SpaceX Falcon 9, programado para decolar às 23h33 (horário de Brasília) da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida, nos Estados Unidos.
Uma vez em órbita, o Pace estará em sincronia com o Sol, o que será indispensável para que o satélite capte imagens sem sombras ou reflexos. Isso permitirá que os cientistas coletem dados consistentes, sobretudo do oceano.
“Estamos estudando o sistema combinado da Terra - não é uma missão oceânica, não é uma missão atmosférica, não é uma missão terrestre. O que estamos fazendo aqui é realmente a busca pelo universo microscópico, principalmente invisível, no mar, no céu e, em alguns graus, em terra”, explica Jeremy Werdell, cientista do projeto da missão.
Segundo ela, o Pace é composto por instrumentos inovadores, incluindo um sensor que pode identificar até 256 cores, do ultravioleta ao infravermelho, no oceano. O satélite também conta com dois polarímetros - usados para medir como a oscilação da luz solar dentro de um plano geométrico é alterada ao passar por nuvens, aerossóis e oceanos.
O envio do Pace acontece em meio ao avanço da crise climática no mundo, causada, principalmente, pela emissão de gases de efeito estufa. Cientistas europeus estimam que, nos próximos meses, a temperatura global deve ultrapassar o limite de 1,5ºC em relação aos níveis pré-industriais, estipulado pelo Acordo de Paris.
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O cenário é preocupante, uma vez que o aquecimento acima da meta pode provocar consequências extremas para o meio ambiente e a humanidade, como o aumento de queimadas e da transmissão de doenças por mosquitos. Outra consequência é o derretimento em maior velocidade e irreversível das geleiras, fazendo com que cidades costeiras, como Santa Mônica, na Califórnia, e Rio de Janeiro, no Brasil, fiquem submersas.