"Não conseguirão derrotar a Venezuela", diz Maduro em meio a tensão com EUA
Apesar de classificar país como "invencível", líder venezuelano afirmou que país irá trabalhar para garantir a paz


Camila Stucaluc
O presidente Nicolás Maduro afirmou que “ninguém conseguirá derrotar a Venezuela”. A declaração foi dada na segunda-feira (24), durante transmissão de seu programa semanal, em meio às movimentações militares dos Estados Unidos no sul do Caribe, próximo à costa venezuelana.
"Não importa o que façam, como façam ou onde façam, não conseguirão derrotar a Venezuela. Somos invencíveis”, disse Maduro. “Eles não conseguiram fazer isso, nem jamais conseguirão fazer isso com o nosso país. Estamos armados para garantir o sonho de Bolívar, a paz. A paz será nossa vitória”, acrescentou o presidente.
Venezuela e Estados Unidos encontram-se em meio a uma crise militar desde setembro, quando Washington iniciou uma operação naval contra o narcotráfico no Caribe e no Pacífico, perto das costas da Venezuela e da Colômbia. O presidente Donald Trump acusa cartéis latino-americanos de transportarem drogas para o território norte-americano pelo mar.
A operação despertou alerta no governo Maduro, que começou a mobilizar militares e milicianos para reforçar o patrulhamento da fronteira. Isso porque o líder venezuelano teme que a operação naval norte-americana seja uma ofensiva disfarçada, com o objetivo de mudar o regime do país à força, o que poderia resultar em um conflito armado.
Essa preocupação aumentou nas últimas semanas devido ao aumento da presença militar norte-americana no Caribe. Além de navios de guerra e submarinos já mobilizados, a Casa Branca enviou caças F-35 à região, bem como o porta-aviões USS Gerald R. Ford, considerado o maior e mais moderno do mundo.
Em outra frente, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos designou o Cartel de los Soles como uma organização terrorista estrangeira. A pasta afirma que o grupo é liderado por Maduro e oferece suporte logístico e operacional a facções criminosas como o Trem de Aragua e o Cartel de Sinaloa. Apesar de o líder venezuelano negar as alegações, a medida impulsiona a possível justificativa para uma ação militar.









