Mulher é presa nos EUA por tentar fraudar família de Elvis Presley para se apropriar de Graceland
Antiga mansão do rei do rock quase foi leiloada pela ré, que fabricou um suposto empréstimo assinado por Lisa Marie Presley, filha de Elvis morta ano passado
Uma mulher foi presa nesta sexta-feira (16) nos Estados Unidos sob acusação de montar um suposto esquema para fraudar a família de Elvis Presley em milhões de dólares e roubar a participação da família em Graceland, a antiga casa do cantor. A residência, em Memphis, Tennessee hoje serve como um museu dedicado ao rei do rock.
De acordo com o Departamento de Justiça, Lisa Jeanine Findley, de 53 anos, orquestrou um esquema para conduzir uma venda fraudulenta de Graceland, alegando falsamente que a filha de Elvis Presley, Lisa Marie Presley, morta no ano passado, havia prometido o marco histórico como garantia de um empréstimo de US$ 3,8 milhões com o credor fictício Naussany Investments.
A ré, primeiro, tentou extorquir um acordo de R$ 2,85 milhões da família Presley para não executar a dívida. Sem retorno, ela fabricou documentos de empréstimo nos quais falsificou as assinaturas da filha de Elvis Presley e de um tabelião público do estado da Flórida.
Ela, então, entrou com uma falsa reivindicação de credor no Tribunal Superior da Califórnia, em Los Angeles, e publicou um aviso fraudulento de execução hipotecária no The Commercial Appeal, um dos jornais diários de Memphis, anunciando que a Naussany Investments planejava leiloar Graceland para o maior lance em 23 de maio.
O leilão foi interrompido por um juiz em maio, mas a notícia atraiu atenção da mídia global. A repercussão do caso levou Findley a escrever aos representantes da família de Elvis Presley, ao tribunal estadual do Tennessee e à mídia para alegar falsamente que a pessoa responsável pelo esquema era um ladrão de identidade nigeriana, que vivia no país africano.
Contudo, seu envolvimento e as fraudes foram descobertas pelo procurador-geral do Tennessee, que federalizou o caso e determinou a prisão da suspeita nesta sexta-feira (16).
Findley é acusada de fraude postal e roubo de identidade agravado. Se condenada, ela enfrenta uma pena que pode chegar a 20 anos de prisão.