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MP da Venezuela abre investigação contra oposição por contagem eleitoral

Grupo contrário ao presidente Maduro afirma que boletins de urna comprovam vitória de Edmundo González no pleito

MP da Venezuela abre investigação contra oposição por contagem eleitoral
Edmundo González acena a populares após votar, na Venezuela. | Reprodução/Redes sociais
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O Ministério Público da Venezuela informou, na quarta-feira (7), que abriu um processo contra os responsáveis pelo site resultadosconvzla.com. A plataforma foi criada pela oposição para divulgar as atas das eleições de julho, apontando a vitória de Edmundo González por 67% dos votos, ante 30% do presidente Nicolás Maduro.

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Segundo Tarek William Saab, procurador-geral do país, o resultado divulgado pelo site vai contra a apuração do Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Na contagem, o atual presidente aparece com 52,21% dos votos, enquanto González tem 44,2%.

“Os documentos forjados pretendem usurpar ilegalmente funções do Conselho Nacional Eleitoral. Foi decidido iniciar uma investigação criminal contra os responsáveis ​​pela publicação e manutenção do site. Todos serão investigados por usurpação de funções, forjamento de documento público, crimes informáticos e conspiração”, disse.

Esta é a segunda investigação contra a oposição. Nesta mesma semana, Saab abriu um processo contra González e María Corina Machado, líder da oposição, devido ao comunicado em que o candidato se proclamou presidente eleito. Ambos também foram acusados de incitar policiais e militares a abandonarem o governo Maduro.

Impasse político preocupa comunidade internacional

O resultado das eleições vem preocupando governos internacionais, como Estados Unidos, Reino Unido, Chile, Argentina, Uruguai, Equador, Peru, Colômbia e Brasil. Todos pedem a divulgação dos boletins das urnas que seja comprovada a veracidade da apuração. Os documentos, no entanto, só foram divulgados internamente.

A preocupação também engloba os protestos na Venezuela. Os atos se estenderam por todas as regiões do país, provocando confrontos com policiais e a deterioração do patrimônio público, como as estátuas relacionadas ao regime de Maduro. Até o momento, segundo o governo, mais de 2,2 mil pessoas já foram presas.

Na última semana, Maduro prometeu penas de até 30 anos de prisão para os manifestantes, dizendo que “não haverá perdão”. Ele disse que todos serão encaminhados para presídios de segurança máxima, onde “pagarão pelos crimes perante o povo”.

Auditoria no Supremo

As acusações de fraude fizeram Maduro solicitar uma auditoria pelo Supremo Tribunal de Justiça – alinhada ao presidente. Ao receber o pedido, a Corte convocou todos os candidatos presidenciais para participar da verificação de votos. González, no entanto, precisou ser convocado pela segunda vez, já que não compareceu na primeira sessão, na última semana. Ele teme que seja preso ao ir à Corte.

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