Morre segundo homem que denunciou controle de qualidade da Boeing nos EUA
Joshua Dean morreu após sofrer uma infecção que se espalhava rapidamente, segundo sua família e seu advogado
O ex-auditor de qualidade Joshua Dean morreu nos Estados Unidos aos 45 anos. Ele foi um dos funcionários que acusou a diretoria da Boeing de ignorar falhas no controle de qualidade nos aviões 737 MAX, modelo proibido de voar em vários países.
Dean morreu após sofrer uma infecção que se espalhava rapidamente, segundo sua família e seu advogado. Dean morava em Wichita, Kansas, onde a da Spirit AeroSystems, fornecedora da Boeing, está baseada. Ele tinha 45 anos, gozava de boa saúde e era conhecido por ter um estilo de vida saudável, segundo o Seattle Times. A Spirit emitiu nota e lamentou a morte de Dean.
Essa é a segunda morte de um denunciante da Boeing. Em março, John Barnett foi encontrado morto com marca de tiro em Charleston, onde a Boeing tem fábrica. Ele alegava que a Boeing fez retaliações após ele denunciar falhas do controle de qualidade.
Em 2022, Dean afirmou que encontrou defeito de fabricação, com furos indevidos na parte traseira do MAX. Apesar da denúncia do problema, ele disse que nada foi feito.
No começo do ano, um avião da Alaska Airlines teve um buraco na lateral depois de um plugue da porta explodir durante um voo. Depois do incidente, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, em inglês) mandou paralisar todos os jatos 737 Max 9.