Ministro da Defesa de Israel diz que país "respeita leis humanitárias"
Manifestação foi a primeira desde pedido de prisão dele e de Netanyahu no Tribunal Penal Internacional
Após mais de 35 mil mortos em Gaza, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, afirmou que o país "respeita leis humanitárias e tem padrões profissionais e morais".
Foi a primeira manifestação do ministro após um procurador do Tribunal Penal Internacional pedir a prisão dele e de Benjamin Netanyahu por suspeitas de crimes de guerra.
O premiê israelense chamou a decisão de "absurda." Três líderes do Hamas estão no mesmo processo.
França, Espanha, Eslovênia e Bélgica divulgaram comunicados de apoio à independência do Tribunal Internacional. Os juízes podem demorar semanas, meses até, pra decidir se aprovam ou não o pedido de prisão.
Diplomaticamente, no entanto, foi mais uma derrota pra Israel, no momento em que o país enfrenta mais denúncias de desrespeito às leis internacionais.
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Segundo a BBC de Londres, prisioneiros palestinos estão sendo torturados em prisões israelenses. O também britânico The Guardian denunciou que policiais e militares de Israel informam, a colonos na Cisjordânia, o trajeto dos caminhões que levam comida a Gaza. Dezenas já foram atacados.
Nesta terça, Israel confiscou equipamentos da Associated Press, na fronteira com Gaza, sob alegação de que a agência violou a nova lei de controle da mídia, fornecendo imagens pra Al Jazeera, banida do país. A AP disse que o confisco é um abuso da lei e que as mesmas imagens são distribuídas pra muitas TVs ao redor do mundo.