Melania Trump contraria marido e defende que aborto é "direito fundamental"
Afirmações estão no livro autobiográfico da ex-primeira-dama dos EUA, que também publicou um vídeo defendendo a "liberdade individual" das mulheres
Melania Trump, esposa de Donald Trump e ex-primeira-dama dos Estados Unidos, disse em um novo vídeo publicado nesta quinta-feira (3) que não há "espaço par concessões" quando se trata da "liberdade individual" das mulheres. A declaração acontece um dia após o jornal The Guardian revelar trechos de seu livro autobiográfico ainda inédito, no qual defende o direito ao aborto.
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Segundo a publicação, em determinado trecho do livro "Melania", a esposa do candidato republicano escreve: “É fundamental garantir que as mulheres tenham autonomia para decidir sua preferência de ter filhos, com base em suas próprias convicções, livres de qualquer intervenção ou pressão do governo”.
"Por que alguém além da própria mulher deveria ter o poder de determinar o que ela faz com seu próprio corpo? O direito fundamental da mulher à liberdade individual, à sua própria vida, lhe garante a autoridade para interromper sua gravidez se ela desejar. Restringir o direito de uma mulher de escolher se quer interromper uma gravidez indesejada é o mesmo que negar a ela o controle sobre seu próprio corpo. Eu carreguei essa crença comigo durante toda a minha vida adulta.”, completa.
A publicação desta quarta-feira (3) parece ser um teaser de um trecho do livro, que será publicado nos Estados Unidos na próxima semana, e acontece em meio a disputada eleição presidencial entre Donald Trump e a democrata Kamala Harris.
No vídeo, a ex-modelo afirma: “A liberdade individual é um princípio fundamental que eu protejo. Sem dúvida, não há espaço para concessões quando se trata desse direito essencial que todas as mulheres possuem desde o nascimento, a liberdade individual. O que realmente significa 'meu corpo, minhas escolhas'?”
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A posição de Melania destoa do marido, que costuma se gabar de ter derrubado a decisão que tornava o aborto um direito constitucional no país. Desde então, a decisão passou a ser dos estados, em algum deles foram adotadas restrições rigorosas contra o aborto.