Mais de 60 jornalistas foram mortos em zonas de conflito em 2023
Hostilidades em curso no Oriente Médio foram responsáveis pela maioria dos casos
Camila Stucaluc
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) calcula que, em 2023, 65 jornalistas foram mortos enquanto trabalhavam em zonas de conflito. As hostilidades em curso no Oriente Médio foram responsáveis pela maioria dos casos, com óbitos na Palestina, Israel, Líbano, Afeganistão, Síria e Ucrânia.
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Apesar do número de óbitos ser menor do que o registrado em 2022 (88), a Unesco fez um ressalto para o aumento alarmante de mortes de jornalistas em zonas de guerra. Além das mortes, a organização registrou ameaças, ataque físico, detenção e confisco de equipamentos. Um grande número de jornalistas fugiu ou parou de trabalhar nas áreas.
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“Tal clima contribui para o que a Unesco está chamando de ‘zonas de silêncio’ se abrindo em muitas zonas de conflito, com graves consequências para o acesso à informação, tanto para as populações locais quanto para o mundo em geral”, disse a organização, pedindo a proteção de jornalistas enquanto civis, tal como estipulado no Direito Internacional.