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Mais de 186 mil palestinos morreram desde o início da guerra com Israel, estima estudo

Pesquisadores consideraram quatro mortes indiretas para cada uma ocorrida em Gaza, sendo ainda uma estimativa conservadora

Imagem da noticia Mais de 186 mil palestinos morreram desde o início da guerra com Israel, estima estudo
Refugiados palestinos na guerra Israel-Hamas | Reprodução/UNRWA
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Um estudo publicado na revista britânica The Lancet estima que mais de 186 mil palestinos teriam sido mortos no atual conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas, iniciado em outubro de 2023.

Segundo o Ministério de Saúde de Gaza, 37.396 pessoas morreram desde o início da guerra até o dia 19 de junho. Mas, por que o número de vítimas apontado pela pesquisa é superior?

De acordo com o estudo nomeado "Contando os mortos em Gaza: difícil, mas essencial", apesar de o número de vítimas pelo Ministério da Saúde local ser reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a mensuração dos estragos ficou cada vez mais difícil com o avanço da guerra.

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Os conflitos armados têm implicações indiretas para a saúde, sem contar os danos provocados pela violência. Mesmo que a disputa termine imediatamente, ainda continuarão ocorrendo mortes indiretas nos anos seguintes por doenças reprodutivas, transmissíveis e não transmissíveis impulsionadas pela guerra.

De acordo com o estudo, nos conflitos de grande proporção, as mortes indiretas variam entre 3 a 15 vezes o número de vítimas diretas. Com essa metodologia, os pesquisadores consideraram quatro mortes indiretas para cada uma ocorrida em Gaza, numa estimativa considerada conservadora.

Dessa forma, mais 186 mil pessoas teriam sido mortas no atual conflito, o equivalente a 8% dos 2,4 milhões de habitantes da Faixa de Gaza.

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"Documentar a verdadeira escala é crucial para garantir a responsabilização histórica e reconhecer o custo total da guerra [...] Estes dados serão cruciais para a recuperação pós-guerra, a restauração de infraestrutura e o planejamento da ajuda humanitária", concluiu a pesquisa.
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