Irã diz que helicóptero com presidente do país pegou fogo após queda e não há sinais de ataque
De acordo com militares, as comunicações entre a torre de controle e a tripulação não apresentaram nada suspeito
Vithor Laureano
Na tarde deste domingo (19), o helicóptero que transportava o falecido presidente do Irã, Ebrahim Raisi, pegou fogo logo após cair em uma montanha, informou a mídia estatal iraniana, citando investigadores militares do acidente. Não houve sinais de que a aeronave tenha sido alvo de um ataque, de acordo com informações divulgadas pela Associated Press (AP).
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A declaração oficial, realizada pelo estado-maior das forças armadas do Irã, responsável pela investigação, foi transmitida na televisão estatal na noite desta quinta-feira (23). Inicialmente, a comunicação oficial não apontou culpados e afirmou que mais detalhes seriam fornecidos após uma investigação mais aprofundada.
O acidente resultou na morte de Raisi, do ministro das Relações Exteriores, Hossein Amirabdollahian, o governador da província iraniana do Azerbaijão Oriental, Malek Rahmati, o líder religioso Hojjatoleslam Al Hashem e o major-general Seyed Mehdi Mousavi, chefe da equipe de segurança. Um piloto, um copiloto e um técnico também estavam a bordo.
Segundo os militares, as comunicações entre a torre de controle e a tripulação do helicóptero antes do acidente não indicaram nada suspeito. A última comunicação registrada foi entre o helicóptero acidentado e dois helicópteros que o acompanhavam, aproximadamente 90 segundos antes da queda.
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A investigação preliminar concluiu que não havia sinais de qualquer disparo contra o helicóptero e que sua trajetória de voo não sofreu alterações bruscas antes da queda. O antigo helicóptero Bell caiu em uma região montanhosa remota e com neblina no noroeste do Irã. O local do acidente foi descoberto na manhã de segunda-feira (20), com todos os oito ocupantes da aeronave mortos.
Ebrahim Raisi foi sepultado na quinta-feira (23) em uma tumba no Santuário do Imam Reza, em Mashhad.
