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Greta Thunberg, ator de "Game of Thrones" e 10 ativistas embarcam em navio rumo a Gaza

Tripulação, que inclui um ativista brasileiro, tenta furar bloqueio imposto por Israel para levar ajuda humanitária ao enclave palestino devastado pela guerra

Imagem da noticia Greta Thunberg, ator de "Game of Thrones" e 10 ativistas embarcam em navio rumo a Gaza
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A ativista ambiental Greta Thunberg, o ator Liam Cunningham, da série "Game of Thrones", e o brasileiro Thiago Ávila estão a bordo de um navio de ajuda humanitária com destino à Faixa de Gaza.

O veleiro Madleen, operado pelo grupo ativista Freedom Flotilla Coalition, deixou o porto de Catânia, no sul da Itália, na tarde desse domingo (1º), com o objetivo de "romper o cerco de Israel" ao território palestino, segundo os organizadores.

A embarcação tentará chegar às margens da Faixa de Gaza levando suprimentos e buscando ampliar a "consciência internacional" sobre a crise humanitária vivida na região. A iniciativa foi detalhada durante uma coletiva de imprensa antes da partida.

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"Estamos fazendo isso porque, não importa quais sejam as dificuldades, precisamos continuar tentando", disse Greta Thunberg, emocionada durante discurso. "Porque o momento em que deixamos de tentar é quando perdemos nossa humanidade. E, por mais perigosa que seja essa missão, ela não chega nem perto do perigo representado pelo silêncio do mundo diante do genocídio transmitido ao vivo", completou.

Especialistas alertam que Gaza pode enfrentar um cenário de fome caso a ajuda internacional não aumente. Agências da Organização das Nações Unidas (ONU) e grandes ONGs humanitárias apontam que as restrições impostas por Israel, o colapso da ordem pública e os saques dificultam a entrega de suprimentos para os cerca de 2 milhões de habitantes da região.

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Entre os tripulantes do Madleen também estão a deputada francesa Rima Hassan, de origem palestina, que está proibida de entrar em Israel por sua oposição ativa à ofensiva israelense em Gaza. Também integra o grupo o brasileiro Thiago Ávila, que já havia participado de uma tentativa anterior de furar o bloqueio, interrompida por um ataque de drones israelenses em águas internacionais, na costa de Malta.

A coalizão Flotilha é uma entre várias organizações que acusam Israel de cometer atos genocidas na operação militar em Gaza. Israel nega essas acusações, alegando que alvo são os militantes do Hamas, não os civis.

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"Estamos rompendo o cerco de Gaza pelo mar, mas isso faz parte de uma estratégia mais ampla de mobilizações que também tentará romper o cerco por terra", afirmou Ávila, que também mencionou a Marcha Global para Gaza, uma iniciativa internacional prevista para sair do Egito e chegar à passagem de Rafah em meados de junho, com o objetivo de pressionar Israel a encerrar a ofensiva e reabrir a fronteira.

Os ativistas estimam levar cerca de sete dias para alcançar Gaza, caso não sejam interrompidos durante a viagem.

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