Governo Trump manda imigrantes irregulares para Essuatíni, na África
Cidadãos do Vietnã, Jamaica, Cuba, Iêmen e Laos, os imigrantes seriam 'criminosos bárbaros', segundo o Departamento de Segurança Interna dos EUA

SBT News
O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos anunciou na terça-feira (15) à noite a deportação de cinco imigrantes para Essuatíni, um pequeno país na África Astral e uma das últimas monarquias absolutas no continente.
Em publicação no X, a secretária assistente do departamento, Tricia McLaughlin, informou que os cinco homens, cidadãos do Vietnã, Jamaica, Cuba, Iêmen e Laos, chegaram de avião, mas não informou quando, nem onde. Segundo ela, os imigrantes são 'indivíduos excepcionalmente bárbaros' e foram recusados por 'seus países de origem'.
Segundo McLaughlin, os homens deportados foram condenados por crimes variados que vão de estupro a assassinato.
Anteriormente, os EUA já haviam deportado outros oito homens para o Sudão do Sul, também na África, após a Suprema Corte do país retirar as suspensões que impediam o envio de imigrantes a países com os quais não tem vínculos. A ação de terça-feira (16), é uma ampliação dessa política de envio de imigrantes a 'países terceiros', iniciada pelo governo do republicano poucos meses após o seu retorno à Casa Branca.
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Em abril, centenas de imigrantes em situação irregular foram enviados para uma prisão em El Salvador. O governo Trump alegou que eram criminosos, mas muitos não tinham fichas criminais, o que causou repercussão nacional e internacional.
O caso mais emblemático foi de Kilmar Abrego Garcia, um homem de Maryland que foi deportado indevidamente em março, apesar de uma ordem judicial de 2019 que o impedia de ser enviado para lá devido ao risco de perseguição de gangues. A mando da Justiça, ele retornou aos EUA, onde permanece detido à espera de julgamento.
Essuatíni

Anteriormente conhecido como Suazilândia, Essuatíni é um país com cerca de 1,2 milhão de habitantes entre a África do Sul e Moçambique. É uma das últimas monarquias absolutas do mundo e a única restante na África.
O rei Mswati III governa por decreto desde 1986 e proíbe a criação de qualquer partido político no país.