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Franceses lembram os 10 anos dos atentados coordenados em Paris

Cerimônias relembram as 130 vítimas dos ataques de 2015 e destacam riscos atuais do terrorismo

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Os franceses lembraram, nesta quinta-feiora (13), os 10 anos do ato terrorista mais brutal da história do país: o ataque coordenado pelo Estado Islâmico, em vários pontos de Paris, deixou 130 mortos e marcou, para sempre, a vida dos sobreviventes.

As homenagens começaram seguindo a mesma cronologia dos ataques. Primeiro, em frente ao Stade de France, onde uma bomba explodiu e matou um motorista de ônibus.

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Sofia, filha de Manuel Dias, lembrou o quanto é difícil seguir em frente. “Dez anos depois, eu gostaria de saber o porquê; eu gostaria de entender”, disse ela. Uma placa foi deixada no local.

Outra homenagem foi feita no café onde parte dos ataques também aconteceu.

Era uma sexta-feira, 13 de novembro de 2015. Além da bomba no estádio, terroristas atiraram contra o público em pelo menos outros cinco pontos da capital francesa.

Um deles foi o Bataclan, uma casa de shows que estava lotada. Noventa pessoas morreram ali. Todas foram citadas durante a cerimônia. “É como se houvesse um antes e um depois dos ataques. Antes, vivíamos numa completa inocência”, afirmou Alexandra, cujo irmão está entre as vítimas do Bataclan.

O ataque do Estado Islâmico, que então dominava partes do Iraque e da Síria, foi o pior contra o território francês desde a Segunda Guerra Mundial. O grupo também foi responsável por atos terroristas no Reino Unido, na Bélgica e na Alemanha.

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O Estado Islâmico perdeu força e, hoje, está mais ativo em algumas regiões da África. Mas isso não significa que não haja risco. Em países como a França, ele ainda é muito alto — e não exatamente de ataques coordenados vindos de outros países, como ocorreu há dez anos em Paris, mas de atentados cometidos pelos próprios franceses.

O chamado terrorismo caseiro é, hoje, a maior ameaça, lembra o ministro do Interior francês. “Pessoas que estão no nosso país se tornam radicais muito rapidamente e planejam atos violentos”, afirma Laurent Nunez. Ele citou um plano recente descoberto pela polícia, que envolvia três mulheres de 18, 19 e 21 anos.

As memórias que os franceses trouxeram à tona nesta quinta-feira fazem parte de um passado que eles não querem que tenha lugar no futuro do país.

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