Filho de Joe Biden começa a ser julgado por porte ilegal de arma nesta segunda (3)
Hunter Biden é acusado de ter omitido dependência em drogas ao comprar arma em 2018; julgamento pode afetar campanha de reeleição do atual presidente
Hunter Biden, filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, começa a ser julgado nesta segunda-feira (3) por três acusações ligadas à compra de uma arma em 2018.
Na ocasião, segundo a promotoria, Hunter estaria envolvido com drogas e mentiu duas vezes ao adquirir a arma: primeiro para um vendedor de armas licenciado pelo governo federal e, depois, no formulário para rastrear candidatos a porte de armas quando alegou não ser viciado ou usar drogas ilegais. Por último, Hunter teria ilegalmente possuído o revólver por 11 dias. Nos Estados Unidos, é contra lei ter uma arma enquanto usa drogas ilícitas.
O júri acontece em Wilmington, Delaware, onde o crime teria ocorrido, e deve durar até três semanas. A seleção do júri é a primeira etapa e pode se prolongar até quarta-feira (5). Hunter Biden, hoje com 57 anos, terá de comparecer a todos os dias de julgamento.
O filho do presidente chegou ao local por volta de 8h, ao lado da atual esposa. A primeira-dama dos EUA, Jill Biden, que faz aniversário nesta segunda, também foi ao tribunal, assim como Ashley Biden, irmã mais nova de Hunter.
Hunter Biden também enfrenta um julgamento separado na Califórnia, em setembro, acusado de não pagar US$ 1,4 milhão em impostos. Apesar de os crimes não estarem relacionados ao atual presidente dos Estados Unidos, o julgamento pode se tornar uma distração na já tumultuada corrida à Casa Branca.
Na semana passada, o principal adversário de Biden nas eleições de 2024, o ex-presidente Donald Trump, foi condenado por 34 crimes no caso envolvendo a compra do silêncio da ex-atriz pornô Stormy Daniels. A audiência de sentença está marcada para 11 de julho.