Ex-companheira acusa Alberto Fernández de violência e assédio; ex-presidente argentino está impedido de deixar o país
Justiça da Argentina determinou que Fernández não se aproxime da antiga companheira. O político nega as acusações e disse que "a verdade dos fatos é outra"
Fabíola Yañez, ex-primeira-dama da Argentina, denunciou na terça-feira (6) o ex-presidente Alberto Fernández por violência física e assédio. Em resposta, Fernández negou as acusações em uma nota publicada nas redes sociais, afirmando que irá apresentar à Justiça "provas e testemunhos que mostrarão o que realmente aconteceu". A Justiça argentina proibiu que o político saia do país.
A denúncia foi feita por Yañez durante uma audiência via Zoom com o juiz federal Julián Ercolini, responsável pelo caso dos seguros. Ercolini tomou medidas imediatas de "restrição" e "proteção" a favor de Yañez, incluindo uma ordem para que Fernández não se aproxime dela e que não deixe o país.
Yañez relatou que sofria agressões físicas do ex-companheiro enquanto viviam na Quinta de Olivos, a residência oficial da presidência argentina. Alberto Fernández governou a Argentina de 2019 a 2023.
Em sua declaração, o ex-presidente afirmou que "a verdade dos fatos é outra". Ele disse: "Apenas direi que é falso e que jamais ocorreu o que agora me imputam. Pela integridade dos meus filhos, da minha pessoa e também da própria Fabíola, não farei declarações na mídia, mas apresentarei à Justiça as provas e testemunhos que evidenciarão o que realmente aconteceu".
Além deste caso, Alberto Fernández enfrenta outro processo na Justiça argentina, relacionado a desvio de fundos durante seu mandato. Ele é acusado de contratar uma corretora e empresas privadas para intermediar a gestão de seguros em dependências oficiais, e teve seus bens bloqueados em abril deste ano.
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