EUA: Polícia prende pai de adolescente que realizou ataque em escola na Geórgia
Colin Gray responderá por homicídio culposo, homicídio em segundo grau e crueldade contra crianças
Camila Stucaluc
O Departamento de Investigação da Geórgia (EUA) informou, na noite de quinta-feira (5), que o pai do jovem responsável pelo tiroteio na Apalachee High School, em Barrow, foi preso. Segundo o órgão investigativo, ele possui conexão com o ataque, que deixou quatro mortos, por “permitir conscientemente que seu filho tivesse acesso a armas”.
A prisão de Colin Gray, de 54 anos, ocorreu em ação coordenada com o promotor distrital Brad Smith. Ele responderá por quatro acusações de homicídio culposo, duas acusações de homicídio em segundo grau e oito acusações de crueldade contra crianças.
Além de Colin, seu filho, Colt Gray, também foi preso. Ele se entregou à polícia logo após o ataque, sendo levado ao Centro Regional de Detenção Juvenil de Gainesville. Chris Hosey, chefe do Departamento de Investigação, afirmou que o adolescente de 14 anos será julgado como adulto pelas mortes, sendo acusado de quatro homicídios dolosos.
Apesar das acusações, a causa do ataque ainda não foi identificada. Os policiais descobriram que o jovem foi alvo de uma investigação em 2023 por fazer ameaças na internet envolvendo um tiroteio em uma escola do condado de Jackson, região vizinha de Barrow. Ele chegou a prestar depoimento, mas negou as acusações.
"O sujeito negou ter feito as ameaças online. O pai afirmou que tinha armas de caça em casa, mas o sujeito não tinha acesso não supervisionado a elas. O condado de Jackson alertou as escolas locais para o monitoramento contínuo do assunto”, disse a Polícia Federal. “Na época, não havia causa provável para uma prisão”, acrescentou.
O ataque de quarta-feira (4) resultou na morte dos alunos Mason Schermerhorn e Christian Angulo, ambos de 14 anos, e dos instrutores Richard Aspinwall e Christina Irimie. Outras nove pessoas ficaram feridas e foram levadas ao hospital. Algumas já foram liberadas.
Esse foi o 30º assassino em massa nos Estados Unidos em 2024, de acordo com o banco de dados mantido pela Associated Press e USA Today. Pelo menos 127 pessoas morreram nesses ataques – que são definidos como incidentes em que quatro ou mais pessoas morrem em um período de 24 horas, sem incluir o assassino.
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O ano passado terminou com 217 mortes em 42 assassinatos em massa, tornando 2023 um dos anos mais mortais já registrados para esses tiroteios no país.