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EUA e Alemanha impedem plano russo de assassinar fabricante de armas; Rússia nega

Kremlin argumenta que as acusações carecem de "argumentos sérios"; Armin Papperger é CEO da Rheinmetall, que planeja fabricar veículos blindados na Ucrânia

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Armin Papperget, CEO da Rheinmetall | Boris Roessler/DPA via AP
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Agências de inteligência ocidentais descobriram planos da Rússia para realizar assassinatos, incêndios criminosos e outras sabotagens na Europa contra empresas e pessoas ligadas ao apoio militar à Ucrânia. Entre os alvos estava o chefe da fabricante de armas alemã Rheinmetall, Armin Papperger. As informações foram divulgadas pela CNN Internacional e confirmadas pela agência Associated Press.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, descartou essas alegações, afirmando que "esses relatórios não podem ser levados a sério”."É muito difícil para nós comentarmos informações midiáticas que não contenham argumentos sérios e sejam baseadas em fontes anônimas", acrescentou.

No entanto, um funcionário da Casa Branca, que falou sob condição de anonimato para a agência, revelou que alguns planos envolviam recrutar criminosos comuns em países estrangeiros para realizar os ataques.

As autoridades dos EUA informaram a Alemanha, que conseguiu proteger Papperger e frustrar o plano.

A Rheinmetall é um fornecedor crucial de tecnologia militar e munições de artilharia para a Ucrânia. Recentemente, a empresa abriu uma instalação de manutenção e reparo de veículos blindados no oeste da Ucrânia e pretende iniciar a produção no país.

Cúpula da Otan

Autoridades europeias e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reunidos para a cúpula da Otan em Washington, discutiram o aumento dos ataques "híbridos" atribuídos à Rússia e a seus aliados. Entre esses ataques destacam-se incêndios suspeitos em locais industriais e comerciais em países como Lituânia, Polônia, Reino Unido e Alemanha, além de acusações de que a Bielorrússia estaria enviando milhares de migrantes para as fronteiras da Polônia e Letônia.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, destacou que essas ações fazem parte de uma campanha russa para intimidar os aliados da Otan e evitar o apoio à Ucrânia. Em abril, investigadores alemães prenderam dois homens germano-russos sob suspeita de espionagem, um deles acusado de planejar ataques a alvos militares dos EUA.

* Com informações da Associated Press

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