EUA dizem que brasileiro está entre vistos revogados por celebração da morte de Kirk
Departamento de Estado do país não revelou o nome da pessoa em questão; apesar disso, acredita-se que a agência tenha se referido ao comediante Tiago Santinelli

Sofia Pilagallo
O governo dos Estados Unidos afirmou, nesta terça-feira (14), que um brasileiro está entre os estrangeiros que tiveram seus vistos revogados por celebrar a morte de Charlie Kirk. O ativista de extrema direita foi baleado e morto em 10 de setembro, aos 31 anos, enquanto discursava em uma universidade em Utah.
No X (antigo Twitter), o Departamento de Estado dos EUA disse que o país "não tem obrigação de hospedar estrangeiros que desejam a morte de americanos" e acrescentou que a agência ainda procura estrangeiros que celebram a morte de Kirk na internet.
Na sequência, deu exemplos de estrangeiros que foram sancionados. Entre eles estão pessoas Argentina, África do Sul, México, Alemanha e Paraguai, além do Brasil.
"Um cidadão brasileiro alegou que 'Charlie Kirk foi o motivo de um comício nazista feito em sua homenagem' e que Kirk 'morreu tarde demais', escreveu o Departamento de Estado. "Visto revogado".
O Departamento de Estado não revelou o nome do brasileiro em questão. Apesar disso, acredita-se que a agência tenha se referido ao comediante Tiago Santinelli, que revelou ter tido o visto americano revogado no início de outubro. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele contou que recebeu um e-mail da Embaixada dos Estados Unidos comunicando-o sobre a decisão.
Em 16 de setembro, Santinelli, conhecido por suas críticas à extrema-direita, publicou um tuíte sobre a morte de Kirk. Na publicação, ele usa as mesmas palavras reproduzidas pelo Departamento de Estado.
Outro brasileiro, o médico Ricardo Barbosa, também teve o visto americano suspenso por declaração sobre a morte de Kirk. Ele foi sancionado pelo governo em setembro após comentário no Instagram, em que escreveu: "um salve a este companheiro de mira impecável".
O vice-secretário de Estado dos Estados Unidos, Christopher Landau, classificou a fala de Barbosa como "a mais assustadora de todo o conteúdo depravado" até aquele momento.