Estados Unidos alertaram Rússia sobre local do atentado que causou 150 mortes
"Nos acostumamos com as informações falsas dos americanos. Seria bom vocês buscarem dados mais detalhados sobre quem disse isso.", declarou a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores Russo, Maria Zakharova
Patrícia Vasconcellos
Segundo a imprensa dos Estados Unidos, o país alertou a Rússia sobre o local exato de um atentado que resultou em quase cento e cinquenta mortos, há duas semanas. Essa informação contradiz o Kremlin, que havia classificado o aviso como "vago".
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A porta-voz do Ministério de Relações Exteriores Russo, Maria Zakharova, em tom de provocação, declarou: "Nos acostumamos com as informações falsas dos americanos. Seria bom vocês buscarem dados mais detalhados sobre quem disse isso."
A informação foi publicada pelo jornal "Washington Post", que conversou com fontes da inteligência americana. O alerta teria sido passado ao Kremlin duas semanas antes do ataque e citava a casa de shows "Crocus City Hall" como um possível alvo.
O aviso, embora não detalhasse os locais, chegou a ser publicado pela embaixada dos Estados Unidos em Moscou. Na época, Vladimir Putin acusou o Ocidente de intimidação e afirmou que aquilo "não fazia sentido".
O Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque. O Kremlin afirma que os terroristas presos tentaram fugir para a Ucrânia.
A Casa Branca insiste que não há provas da ligação dos ucranianos com o atentado. Segundo as fontes que conversaram com o Washington Post, o aviso sobre o ataque é uma postura que os Estados Unidos têm com nações do mundo inteiro.
Enquanto isso, a guerra com a Ucrânia continua. Kiev vem usando aviões não tripulados nos ataques ao território russo. Um dos alvos foi uma fábrica de drones.
Os ucranianos têm cobrado mais ajuda financeira. Nesta quarta-feira, o chefe da OTAN afirmou que o apoio a Kiev é uma questão de segurança internacional.