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Espanha oficializa reconhecimento do Estado da Palestina

Governo disse querer contribuir para alcançar a paz entre israelenses e palestinos; Israel criticou decisão

Espanha oficializa reconhecimento do Estado da Palestina
Pedro Sánchez | Flickr
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O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, oficializou o reconhecimento do Estado da Palestina. Em declaração nesta terça-feira (28), o premiê descreveu a iniciativa como "histórica", tendo como principal objetivo contribuir para alcançar a paz entre israelenses e palestinos. Irlanda e Noruega também acompanharam a decisão.

"O reconhecimento do Estado da Palestina não é apenas uma questão de justiça histórica com as legítimas aspirações do povo palestiniano; é também uma necessidade imperiosa para alcançar a paz. É a única forma de reconhecer a solução que todos reconhecemos como a única possível para alcançar um futuro de paz – o de um Estado palestino que coexista com o Estado de Israel em paz e segurança", disse Sánchez.

A Palestina ainda não é reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como um Estado. Isso se deve a uma série de fatores, incluindo a falta da definição de um território, já que Israel segue presente em áreas reservadas para os palestinos, como a Cisjordânia. A falta de apoio de superpotências, como os Estados Unidos, também tem influência.

Apesar disso, mais de 70% dos membros da Assembleia Geral da ONU (138 de 193 países) reconhecem a Palestina como um Estado, em vez de "entidade observadora não membro". Entre eles está o Brasil, que reconheceu a definição em dezembro de 2010, no fim do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Embora não caiba à Espanha definir as fronteiras de outro país, o governo reconheceu a Faixa de Gaza e a Cisjordânia como parte da Palestina e determinou Jerusalém Oriental como capital. A decisão está alinhada com a posição do Conselho de Segurança da ONU e da União Europeia, isto é, sem reconhecer as mudanças nas fronteiras depois de 1967, quando Israel ganhou a Guerra dos Seis Dias e ocupou novas áreas na região.

Segundo Sánchez, a expectativa é que com a iniciativa dos três países europeus, outros governos da União Europeia se manifestem de maneira favorável ao Estado palestino. "A decisão que a Espanha está adotando é baseada no respeito ao Direito Internacional e na defesa da ordem internacional. Estes são os princípios que nos guiam sempre", disse.

Reação de Israel

O anúncio não foi bem recebido por Israel. Pelas redes sociais, o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, intensificou os ataques a Sánchez, acusando-o de ser cúmplice na "incitação ao assassinato do povo judeu e crimes de guerra". Ele informou ainda que proibiu a embaixada da Espanha em Israel de prestar serviços a residentes da Palestina.

+ ONU condena ataques israelenses em Rafah: "inferno na terra"

"Não ficaremos calados face a um governo que recompensa o terror e cujos líderes entoam o slogan antissemita 'Do rio ao mar, a Palestina será livre'. Aqueles que recompensam o Hamas e tentam estabelecer um Estado terrorista palestino não terão contato com os palestinos. Os dias da Inquisição acabaram", escreveu o ministro.

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