Espanha, Irlanda e Noruega anunciam plano para reconhecer Estado da Palestina
Decisão foi criticada por Israel, que ordenou retirada de embaixadores na Irlanda e na Noruega
Os governos da Espanha, Noruega e Irlanda anunciaram, nesta quarta-feira (22), um plano para reconhecer oficialmente o Estado da Palestina. A informação foi compartilhada pelo ministro das Relações Exteriores da Noruega, Espen Barth Eide, o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sanchez, e o primeiro-ministro da Irlanda, Simon Harris. Em reação, Israel determinou a retirada dos embaixadores na Noruega e na Irlanda.
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A Palestina ainda não é reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como um Estado. Isso se deve a uma série de fatores, incluindo a falta da definição de um território, já que Israel segue presente em áreas reservadas para os palestinos, como a Cisjordânia. A falta de apoio de superpotências, como os Estados Unidos, também tem influência.
Apesar disso, mais de 70% dos membros da Assembleia Geral da ONU (138 de 193 países) reconhecem a Palestina como um Estado, em vez de “entidade observadora não membro”. Entre eles está o Brasil, que reconheceu a definição em dezembro de 2010, no fim do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo Sanzhez, a expectativa é que o reconhecimento da Palestina como um Estado entre em vigor na próxima terça-feira (28). O mesmo foi dito pelo premiê irlandês, que afirmou ainda que espera que outros países “façam o mesmo”.
“Hoje, a Irlanda, a Noruega e a Espanha anunciam que reconhecemos o Estado da Palestina. Acreditamos que o reconhecimento contribuirá para a paz e a reconciliação no Oriente Médio”, disse Harris. “Falei com vários outros líderes e estou confiante de que mais países se juntarão a nós para dar este importante passo", acrescentou.
Reação de Israel
O anúncio dos países não foi bem recebido por Israel. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, afirmou que a decisão de reconhecer um Estado Palestino minou o direito de Israel à autodefesa e os esforços para devolver os 128 reféns detidos pelo Hamas detidos na Faixa de Gaza – área pertencente à Palestina.
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Em relação à Irlanda e Noruega, o ministro ordenou a retirada imediata de seus embaixadores nos países. No caso da Espanha, ele disse que “haverá consequências graves”. “Se a Espanha levar por diante a sua intenção de reconhecer um Estado palestiniano, será dado um passo semelhante contra ele”, disse.