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Lula e Maduro só devem conversar sobre eleição se Colômbia e México participarem de chamada

Presidente brasileiro quer presença de outros mediadores da questão venezuelana para atender telefonema de Maduro

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Lula e Maduro | Planalto
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A ligação por telefone entre o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, segue sem confirmação do Itamaraty e do governo brasileiro.

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Fontes do Palácio do Planalto apontam que a única possiblidade de Lula atender aos pedidos de Maduro para conversar sobre as eleições venezuelanas seria em uma chamada conjunta com México e Colômbia. Os presidentes Lula, López Obrador [México] e Gustavo Petro [Colômbia] assinaram uma nota conjunta na semana passada pedindo transparência no processo eleitoral da Venezuela.

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Brasil, Colômbia e México vem atuando como mediadores da crise no país, mas Lula está sob pressão dentro do país e no cenário internacional para condenar com veemência o processo político venezuelano.

Mesmo com o pedido de transparência nas eleições, a posição do governo brasileiro sobre a Venezuela segue neutra. Os recados de Lula e da própria diplomacia focam em pedir transparência, mas não há uma crítica contundente às ações de Nicolás Maduro, como Lula fez, por vezes, contra Israel e até mesmo contra a Rússia.

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Dentro do governo, apenas o PT, de Lula, e o PCdoB, da ministra de Ciência de Tecnologia Luciana Santos, se manifestaram publicamente aprovando a eleição de Maduro.

Os outros nove partidos que compõem a Esplanada dos Ministérios ou se posicionaram contra ou ainda não se manifestaram. Até o PSOL, legenda partidária mais à esquerda de Lula e do PT, condenou "ameaças golpistas" à oposição na Venezuela.

No Chile na última segunda-feira (5), Lula chegou a se posicionar sobre o tema ao reafirmar a posição do Brasil sobre divulgação das atas das zonas eleitorais venezuelanas na nota conjunta com México e Colômbia.

"Expus as iniciativas que tenho empreendido com os presidentes Gustavo Petro [Colômbia] e López Obrador [México] em relação ao processo político na Venezuela. O respeito pela tolerância, o respeito pela soberania popular é o que nos move a defender a transparência dos resultados. O compromisso com a paz é que nos leva a conclamar as partes aos diálogos e promover o entendimento entre governo e oposição", disse Lula na visita oficial ao Chile.

Apesar da fala, na comunidade internacional ainda existe a pressão para um posicionamento mais enfático a respeito do processo político venezuelano. Em entrevista no dia 30 de julho, o presidente da República chegou a dizer que não houve "nada de anormal" no pleito presidencial na Venezuela.

“Tem uma briga, como é que vai resolver essa briga? Apresenta a ata. Se a ata tiver dúvida entre a oposição e a situação, a oposição entra com recurso", disse Lula na entrevista.

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