Conselheiro de segurança de Trump assume responsabilidade por vazamento de plano de guerra
Michael Waltz disse que foi o responsável pela criação do grupo no qual um jornalista foi adicionado por engano

Camila Stucaluc
O Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Michael Waltz, assumiu, na terça-feira (25), a responsabilidade pelo incidente envolvendo o jornalista Jeffrey Goldberg. O editor-chefe do The Atlantic foi adicionado acidentalmente em um grupo de mensagens com altos funcionários do governo, que discutiam planos de guerra no Iêmen.
A declaração de Waltz veio um dia após o jornalista divulgar parte do conteúdo debatido no grupo – criado no aplicativo Signal. O material compartilhado continha informações operacionais sobre a operação dos Estados Unidos contra os Houthis no Iêmen, incluindo alvos e armas que o exército usaria, bem como a sequência de ataques.
“Assumo total responsabilidade. Eu construí o grupo. Meu trabalho é garantir que tudo esteja coordenado. É embaraçoso, sim. Vamos chegar ao fundo disso. Temos as melhores mentes técnicas analisando como isso aconteceu”, disse Waltz à Fox News.
O episódio gerou indignação entre legisladores democratas. O líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, classificou o erro como uma das "violações mais chocantes de inteligência militar" dos últimos tempos. Já Mark Warner, vice-presidente do comitê de inteligência do Senado, disse que o incidente foi “mais um exemplo de comportamento desleixado e incopetente em relação a informações confidenciais”.
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Apesar da repercussão, o presidente Donald Trump minimizou o incidente, dizendo que o vazamento foi "a única falha em dois meses, e acabou não sendo séria". O republicano ainda saiu em defesa de Waltz. “Michael Waltz aprendeu uma lição, e ele é um bom homem”, disse à NBC News em uma entrevista por telefone.