Como é a vida na ilha do Panamá que será engolida pelo mar
Cerca de 300 famílias serão retiradas de Gardi Sugdub e receberão novas residências do governo. Imagens mostram como é a vida no local
Cerca de 300 famílias de uma comunidade índigena serão retiradas de uma pequena ilha no Panamá. A projeção das autoridade é que Gardi Sugdub será engolida pelo mar nos próximos anos, em razão das mudanças climáticas.
A ilha tem cerca de 366 metros de comprimento e 137 metros de largura. Após a evacuação, a população receberá do governo panamenho casas na região continental do país.
Um agente do Ministério da Habitação do Panamá disse que algumas pessoas decidiram permanecer na ilha até que ela não seja mais segura, sem revelar um número específico. As autoridades não as forçarão a sair.
A vida na ilha
No período em que fortes ventos açoitam o mar, entre os meses de novembro e dezembro, a água enche as ruas e entra nas casas em Gardi Sugdub. Além da elevação do nível do mar, as alterações do clima também intensificaram as tempestades na região.
Efeitos do clima
Steven Paton, diretor de programas do instituto Smithsonian no Panamá, disse que a evacuação de Gardi Sugdub “é uma consequência direta das alterações climáticas, que aceleraram o aumento do nível do mar”.
“As ilhas estão, em média, apenas meio metro acima do nível do mar e, à medida que esse nível aumenta, mais cedo ou mais tarde, os Gunas terão de abandonar todas as ilhas, quase certamente até ao final do século ou antes”, afirmou.