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Chefe da ONU alerta que mundo vive "crise global" às vésperas de Assembleia Geral

Encontro das Nações Unidas começa na segunda-feira (22), em Nova York, e vai reunir líderes mundiais

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António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas. | Reprodução/Reuters
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O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, alertou que o mundo está enfrentando "uma crise global" devido a inúmeros conflitos e países agindo com uma "sensação de impunidade". A declaração foi dada na quarta-feira (17), na sede das Nações Unidas, às vésperas da Assembleia Geral.

"Estamos diante de uma crise global. Os conflitos se multiplicam em um contexto em que as divisões geopolíticas não permitem uma abordagem eficaz. Há uma sensação de impunidade. Cada país acredita que pode fazer o que quiser", declarou.

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A partir da próxima semana, líderes mundiais se reunirão em Nova York para a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, que será realizada de 22 a 24 de setembro.

"Precisamos que os líderes venham aqui e mudem a situação; que venham aqui e entendam que a cooperação internacional é vital em um momento como este; que venham aqui e façam as negociações de mediação que são necessárias para pelo menos criar esperança de paz em algumas das situações que estamos enfrentando", afirmou Guterres.

Austrália, Bélgica, Grã-Bretanha, Canadá e França se comprometeram a reconhecer formalmente o Estado palestino, embora alguns tenham estabelecido condições. O secretário falou sobre o reconhecimento da Palestina e a necessidade imediata de um cessar-fogo no conflito entre Israel e Hamas:

"Acredito que haverá uma demonstração clara de que a esmagadora maioria dos países do mundo reconhece o direito do povo palestino à autodeterminação, reconhece que deve haver um Estado palestino e reconhece isso na reunião que teremos na segunda-feira [22] e, ao mesmo tempo, enviará a mensagem muito clara de que a carnificina que está acontecendo em Gaza tem que acabar, que precisamos do cessar-fogo imediatamente com a libertação de todos os reféns imediatamente também".

Guterres também fez um apelo para que os países respeitem o direito internacional dos refugiados, mantendo suas portas abertas e assegurando os direitos dessas populações, ao mesmo tempo em que lamentou o subfinanciamento crítico da Agência da ONU para Refugiados, que compromete o apoio humanitário.

Além disso, o secretário-geral reforçou a urgência de ações contra as mudanças climáticas, pedindo que os Estados-membros apresentem planos alinhados com a meta de limitar o aquecimento a 1,5ºC, exigindo reduções drásticas nas emissões. Ele também defendeu a necessidade de preservar a agência humana diante dos avanços da inteligência artificial.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursará na Assembleia Geral na terça-feira (23). Vale destacar que ele pediu o corte de financiamento dos EUA para a ONU, interrompeu o envolvimento do país com o Conselho de Direitos Humanos da organização, estendeu a suspensão do financiamento para a agência de ajuda humanitária palestina (UNRWA) e deixou a agência cultural da ONU, a Unesco.

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