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Celine Dion tem a Síndrome da Pessoa Rígida; entenda

Condição afeta uma em um milhão de pessoas em todo mundo

Celine Dion tem a Síndrome da Pessoa Rígida; entenda
Cantora é a voz da música-tema do filme Titanic, My heart will go on | Divulgação
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Na noite de domingo (4), Celine Dion comoveu a todos durante sua aparição surpresa no Grammy 2024 para anunciar o prêmio de melhor álbum do ano, levado por Taylor Swift, com “Midnights”.

+ Céline Dion já não tem controle dos músculos, diz irmã

Em 2022, a cantora revelou em sua conta no Instagram que foi diagnosticada com a síndrome de stiff-person, ou síndrome da pessoa rígida, é uma síndrome neurológica rara, imunomediada no sistema nervoso, que se configura por uma rigidez muscular, afetando os músculos do tronco, braços e pernas.

“Venho lidando com problemas de saúde há muito tempo, e tem sido muito difícil para mim enfrentar estes desafios e falar sobre tudo o que tenho passado… Me dói dizer que vou vencer. Estou pronta para reiniciar minha turnê na Europa em fevereiro”, disse a artista.

Confira o vídeo de Celine Dion publicado em dezembro de 2022:

Em dezembro do ano passado, a irmã de Celine Dion diz que ela luta pelo controle de seu próprio corpo há mais de um ano.

+ Céline Dion revela diagnóstico de síndrome neurológica rara

Claudette Dion disse à revista 7 Jours que sua irmã “trabalha muito, mas não tem controle sobre os músculos. O que parte meu coração é que ela sempre foi disciplinada. Ela sempre trabalhou duro”.

A irmã tem esperança de que ela se recupere um dia.

“A ideia é voltar aos palcos. Em que estado? Não sei. As cordas vocais são músculos e o coração também é um músculo? Não encontramos nenhum remédio que funcione, mas ter esperança é importante”, afirmou.

Uma em um milhão de pessoas passa por essa situação e ainda não há clareza sobre os motivos que provocam a síndrome. No entanto, as pesquisas indicam ser o resultado de uma resposta autoimune que deu errado no cérebro e na medula espinhal.

Na síndrome da pessoa rígida, esses anticorpos atacam as células nervosas na medula espinhal que controla os movimentos musculares.

Segundo o Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos e Derrame (National Institute of Neurological Disorders and Stroke — NIH) a síndrome tem estas características:

  • Uma rigidez muscular que afeta os músculos do tronco, braços e pernas.
  • Pode ser restrita a apenas uma perna.
  • Os principais sintomas são rigidez dos músculos e espasmos musculares.
  • Tem maior sensibilidade ao ruído, toque e sofrimento emocional.
  • Pessoas com a síndrome podem desenvolver posturas curvadas e podem deixar de andar ou se mover.
  • Afeta duas vezes mais mulheres do que homens.
  • É frequentemente associada a outras doenças autoimunes, como diabetes, tireoidite, vitiligo e anemia perniciosa.

Confundida com Parkinson

A síndrome pode ser confundida com Parkinson, esclerose múltipla, fibromialgia, doença psicossomática ou ansiedade e fobia. 

No entanto, um exame de sangue que mede o nível de anticorpos da descarboxilase do ácido glutâmico (GAD) pode indicar a doença, devido os níveis elevados de anticorpos GAD no sangue.

Não há cura, mas tem controle

Medicamentos podem controlar e aliviar o sofrimento do paciente que tem a síndrome. O uso do ansiolítico e relaxante muscular diazepam, baclofeno e gabapentina, ajudam a aliviar os espasmos musculares.

Imunoglobulina pode ajudar

Um estudo mantido pelo NIH aponta que o tratamento com imunoglobulina intravenosa, que contém anticorpos naturais produzidos pelo sistema imunológico, vindas de doadores saudáveis, pode ser eficiente na redução da rigidez, sensibilidade ao ruído, toque e estresse para dar mobilidade e equilíbrio as pessoas que têm a síndrome.

 

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