Autoridades ucranianas dizem avaliar convidar Rússia para conferência de paz
Possível acordo de cessar-fogo inclui retirada das tropas russas e integridade territorial; Moscou já disse ser contra exigências
Camila Stucaluc
O chefe de gabinete do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, Andriy Yermak, informou, neste domingo (25), que o governo está avaliando convidar a Rússia para uma futura conferência de paz para debater o fim da guerra. No possível encontro, as autoridades ucranianas apresentariam o plano de paz anunciado por Zelensky em 2022.
+ Invasão na Ucrânia completa 2 anos: veja 10 perguntas e respostas sobre a guerra
“Pode haver uma situação em que convidemos juntos representantes da Russa, onde lhes será apresentado o plano, caso quem quer que esteja representando o país agressor queira genuinamente acabar com esta guerra e retornar a uma paz justa”, disse Yermak.
O plano de paz apresentado pelo governo ucraniano inclui a retirada total das forças russas e a integridade territorial do país. O último ponto se refere à devolução das regiões anexadas ilegalmente pelo governo de Vladimir Putin em 2022 – Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhzhia –, além da Crimeia, anexada por Moscou em 2014.
+ Desgaste da guerra na Ucrânia é evidente e pode levar a 'trégua sem paz'
Tais exigências, no entanto, já foram rejeitadas pelo governo russo. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou que a proposta de Zelensky era considerada como “absurda”, já que deveria incluir a anexação das regiões ucranianas à Rússia. “Qualquer plano que não leve em conta essa realidade não podem ser pacíficos", frisou o porta-voz.